Pandemia

Autoridades dos EUA não descartam hipótese de fuga acidental do vírus Sars-Cov-2 na China

Pesquisas buscam entender a origem do vírus causador da Covid-19

Wuhan, na China, - STR/AFP

Os serviços de Inteligência dos Estados Unidos ainda não descartaram a hipótese de um acidente laboratorial para explicar o aparecimento em Wuhan, na China, da pandemia da Covid-19. Isso foi dito por autoridades norte-americanas, nesta quarta-feira (14). 

"A comunidade de Inteligência não sabe exatamente onde, quando ou como o vírus da Covid-19 foi transmitido", afirmou a diretora da Inteligência americana, Avril Haines, a um comitê do Senado. 

Ela mencionou "duas teorias" que explicam a origem do coronavírus Sars-CoV-2: o contato humano com animais infectados ou um acidente de laboratório. 

"Estamos aí", acrescentou. "Mas continuamos trabalhando neste tema, estamos compilando informação e estamos fazendo tudo o possível para dar maior confiabilidade" às explicações sobre a origem da pandemia. 

"Estamos fazendo tudo o que podemos e estamos usando todos os recursos à nossa disposição para lançar luz sobre isto", acrescentou o diretor da CIA, William Burns. 

Mas, "o que está claro para nós e nossos especialistas é que os líderes chineses não foram totalmente francos nem transparentes em sua cooperação" com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema, acrescentou. 

Os serviços de Inteligência estão cooperando com outras agências governamentais e universidades para tentar determinar a procedência exata do vírus, afirmou o general Paul Nakasone, chefe da agência de Inteligência militar, a NSA. 

Em seu relatório publicado no fim de março, os especialistas internacionais da OMS haviam considerado "extremadamente improvável" a teoria segundo a qual o coronavírus poderia ter escapado do Instituto de Virologia de Wuhan, a cidade da região central da China onde a Covid-19 apareceu no fim de 2019.