Saúde

Queiroga promete entrega em 24h de kit intubação doado por empresas

Os medicamentos foram doados por um grupo de empresas formado por Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen

Kit intubação - Américo Antonio/Sesa

Em meio ao risco de desabastecimento de medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid em UTIs em alguns estados, o Ministério da Saúde disse nesta quinta-feira (15) que fará a distribuição em até 24h de medicamentos doados por empresas privadas. O volume deve garantir o abastecimento por 10 a 15 dias, segundo a pasta.

A previsão é que 2,3 milhões de unidades desses medicamentos cheguem ao aeroporto de Guarulhos na noite desta quinta e sejam entregues aos estados até sexta (16).

Os medicamentos foram doados por um grupo de empresas formado por Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen.
 


Segundo o ministro Marcelo Queiroga, além do volume doado por empresas, a pasta negocia receber, "em curto prazo", medicamentos de outros países, como a Espanha, para o que chamou de "situação de emergência". Também finaliza uma compra junto à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

O ministro não detalhou o volume previsto para a oferta, tampouco o prazo de entrega.
O anúncio ocorre após o governo de São Paulo enviar um ofício ao Ministério da Saúde, na terça (13), afirmando que precisava receber medicamentos do kit intubação em 24 horas para repor estoques.

No documento, o secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, diz que a situação do abastecimento de parte desses medicamentos "está gravíssima, isto é, na iminência do colapso" e que podem faltar medicamentos já "a partir dos próximos dias" caso nada seja feito.

Aponta ainda ter enviado diferentes pedidos ao ministério ao longo de 40 dias, "sem retorno".
Secretários do ministério negaram atrasos e disseram ter enviado 500 mil unidades ao estado neste ano, sem informar a data dos envios.

Questionado se a pasta não poderia ter adotado medidas mais cedo, o ministro disse que cabe aos estados "também procurar os medicamentos" e defendeu o que chamou de "obrigação compartilhada".