Família Real

Rainha Elizabeth compartilha foto dela com príncipe Philip nas redes sociais

Philip morreu aos 99 anos de idade, dois meses antes de seu centésimo aniversário

Na foto, de 2003, a rainha e Philip estão sorrindo e sentados no topo do Coyles of Muick, na Escócia - Reprodução/Instagram

A rainha britânica Elizabeth compartilhou no Instagram, nesta sexta (16), uma foto privada dela e do príncipe Philip antes do funeral do Duque de Edimburgo, neste sábado (6). Ele morreu no último dia 9 de abril, dois meses antes de seu centésimo aniversário.

Na foto, de 2003, a rainha e Philip estão sorrindo e sentados no topo do Coyles of Muick, na Escócia. A foto foi tirada pela nora do casal, Sophie, a Condessa de Wessex,

"A Rainha deseja compartilhar esta fotografia privada tirada com o Duque de Edimburgo no topo do Coyles of Muick, Escócia, em 2003", diz a legenda no Instagram da Família Real.
 


Na publicação, a rainha e a família real agradecem as mensagens de condolências pela morte do Duque de Edimburgo.
"Sua Majestade e a Família Real agradecem todas as mensagens de condolências de todo o mundo e ficaram emocionados ao ver e ouvir tantas pessoas compartilhando boas lembranças do Duque, na celebração de sua vida".

Philip morreu aos 99 anos de idade, dois meses antes de seu centésimo aniversário. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas o príncipe havia passado por procedimentos cardíacos nos últimos meses, nos quais ficara quatro semanas hospitalizado.

"É com profunda tristeza que Sua Majestade a rainha anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o príncipe Philip, duque de Edimburgo", diz o comunicado. "Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor. A Família Real junta-se a pessoas de todo o mundo no luto por sua perda. Novos anúncios serão feitos oportunamente."

Devido à pandemia de coronavírus, Philip não terá um funeral de Estado com a pompa tradicional desse tipo de evento. O College of Arms, instituição real responsável pela cerimônia, divulgou um comunicado em que afirma que o corpo do príncipe ficará em Windsor até o funeral na capela de St. George, na área do castelo.

O órgão ainda pediu que a população não tente comparecer ou participar de qualquer ato da cerimônia. O gabinete do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recomendou também que as pessoas parem de levar flores até residências reais, com o objetivo de evitar aglomerações e a transmissão do coronavírus.

O Palácio de Buckingham e outros prédios por todo o país baixaram suas bandeiras a meio mastro, em sinal de luto, e o conteúdo do site oficial da família real foi temporariamente substituído por uma foto do príncipe e pelo anúncio de sua morte.

Philippos Schleswig-Holstein Sonderburg-Glucksburg nasceu em 1921, na ilha grega de Corfu, em um lar marcado por infortúnios. Seu avô, o rei Jorge 1º da Grécia, foi assassinado. O primo, o rei Alexandre, morreu aos 27 anos de infecção após ser mordido por um macaco.

Ligada ainda à coroa dinamarquesa, a família de Philip foi forçada a se exilar quando ele ainda era um bebê após uma insurreição militar. Deixou a Grécia em uma caixa de frutas improvisada como berço. A mãe, surda, recebeu o diagnóstico de esquizofrenia.

Philip passou pela França e, enfim, foi viver na Inglaterra com a avó materna, por sua vez neta da rainha Vitória (1819-1901) -o que faz dele um primo distante de Elizabeth, 94.

Em território inglês, a sorte do jovem grego começaria a mudar. Estudou no país e ingressou na Marinha.
Em 1939, conheceu Elizabeth durante uma visita da princesa à academia naval britânica, na qual o então estudante foi destacado para ciceronear a herdeira do trono. Passaram a trocar correspondências.

Lutou na 2ª Guerra Mundial no Mediterrâneo e no Pacífico. Em 1943, salvou a própria vida e a de companheiros ao construir uma falsa embarcação que atraísse a atenção de um ataque aéreo alemão, permitindo que o destróier HMS Wallace, onde estavam os britânicos, escapasse.

Não foi sem resistências que o militar orgulhoso, formado no seio da aristocracia do império britânico da primeira metade do século 20, resignou-se a um papel secundário.

Ao casar-se com Elizabeth, em 1947, Philip se naturalizou britânico, converteu-se à fé anglicana e abdicou de seus direitos a tronos estrangeiros. Virou duque de Edimburgo, o principal de seus muitos títulos.

Com a ascensão de Elizabeth ao trono, Philip afastou-se das atividades da Marinha. Na cerimônia da coroação da mulher, transmitida ao vivo em 1953, ajoelhou-se e declarou ser seu vassalo, prometendo apoiá-la e adorá-la.

Passou a dedicar as décadas seguintes a giros pelo exterior, eventos oficiais e atividades filantrópicas, muitos deles aborrecidos. Presidia centenas de entidades do tipo. Em maio de 2017, o Palácio de Buckingham anunciou que o príncipe se afastaria da vida pública, aposentando-se em setembro daquele mesmo ano.