Superliga europeia

Banco JPMorgan anuncia que financiará projeto da Superliga europeia de futebol

Projeto de competição privada foi considerado uma declaração de guerra, ao qual a Uefa prometeu responder com a exclusão dos clubes dissidentes e de seus jogadores

Uefa ameaçou clubes fundadores de Superliga de exclusão - Fabrice Coffrini/AFP

O banco americano JPMorgan anunciou, nesta segunda-feira (19), que será responsável por financiar o polêmico projeto da Superliga europeia de futebol, apoiado por 12 clubes que estão entre os mais ricos do continente.

"Posso confirmar que financiamos a operação, se limitou a declarar à AFP um porta-voz do banco em Londres, sem revelar mais detalhes sobre o tema. 

O projeto de competição privada, anunciado por grandes clubes com o objetivo de substituir a prestigiosa Liga dos Campeões, foi considerado uma declaração de guerra, ao qual a Uefa prometeu responder com a exclusão dos clubes dissidentes e de seus jogadores. 

O futuro do futebol na Europa, sacudido pela pandemia de Covid-19, vê assim o questionamento de seu sistema piramidal de redistribuição de receitas dos direitos de TV entre a Liga dos Campeões e as ligas nacionais.

Dos 12 clubes que anunciaram Superliga, seis são da Premier League inglesa, três da Espanha e três da Itália.

O projeto provocou uma onda de indignação, entre torcedores e nos círculos políticos. 

Esta Superliga é contrária aos valores europeus de "diversidade e "inclusão", afirmou Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia. 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou a proposta "muito prejudicial para o futebol".