F1

Mercedes melhorou, mas Hamilton ainda vê Red Bull de Verstappen mais rápida

Verstappen bateu Hamilton no último GP, em Ímola

Lewis Hamilton aplaude Max Verstappen (fundo), vencedor do GP da Emília-Romagna - Miguel Medina/AFP

A segunda corrida da temporada da Fórmula 1, em Imola, acabou com Max Verstappen batendo Lewis Hamilton por 22 segundos, depois de o holandês ter perdido para o inglês por míseros sete décimos na prova de abertura, no Bahrein. Foram duas provas disputadas em pistas e sob condições completamente diferentes, mas a Mercedes não escondia a satisfação por ter melhorado o desempenho do carro nas três semanas entre a primeira corrida e o GP da Emilia Romagna e ter se aproximado da Red Bull.

De fato, houve um momento da prova em que Hamilton -que perdera a primeira posição para Verstappen logo após a largada- parecia que ganharia a corrida por causa do ritmo que vinha adotando logo antes de sua parada nos boxes. Afinal, à medida que a pista ia secando depois do início sob chuva, seu ritmo melhorava.

Na volta 26, Hamilton tinha visto a diferença em relação a Verstappen cair de 5 para 2 segundos, e poderia voltar à frente caso antecipasse sua parada. Foi então que a Red Bull reagiu rapidamente e chamou o holandês aos boxes para trocar os pneus intermediários pelos de pista seca.

"Acabou sendo a volta certa de parar, mas minha volta de saída dos boxes foi meio assustadora porque eu sabia que tinha de forçar. Lewis com certeza pararia na volta seguinte, e eu não podia perder tempo", revelou Verstappen após a prova.

Hamilton parou mesmo na volta 28, mas o pitstop da Mercedes foi lento e a volta de Verstappen com pneus slick em uma pista ainda úmida foi bem mais veloz que a do próprio inglês, e ele manteve a ponta.

A briga, no entanto, não pôde ser vista com uma condição de pista bem diferente na segunda metade da prova. Isso porque Hamilton cometeu um erro, saiu da pista, foi parar em nono e fez uma prova de recuperação a partir daí, escalando até a oitava posição no final, enquanto Verstappen controlou o ritmo na ponta.


Se, por um lado, Hamilton disse acreditar que a Mercedes melhorou o comportamento do carro, ele também entende que as temperaturas mais baixas em Imola podem ter ajudado, assim como a aderência maior do asfalto do circuito Enzo e Dino Ferrari em relação à pista do Bahrein.

"A janela para fazer esse carro funcionar é muito, muito pequena. Mas melhoramos em todos os sentidos", contou Hamilton. "Mas acho que a Red Bull ainda está mais rápida. Na classificação, definitivamente, e, na corrida, acredito que eles também tenham uma vantagem".

Com duas corridas disputadas, a Mercedes já percebeu que tem um carro melhor na corrida do que na classificação em comparação com a Red Bull, mas o que está mais claro é que Hamilton e Verstappen estão prontos para uma batalha que há muito esperavam.

"É ótimo estar lutando contra Lewis e contra a Mercedes, que têm sido tão dominadores e uma equipe tão difícil de ser batida. Então estar aqui [entre os dois primeiros] nas duas primeiras corridas significa que estamos muito competitivos. É muito promissor", disse o holandês, que pela primeira vez se vê em posição de lutar pelo título, e logo contra um piloto que quebrou praticamente todos os recordes na F1.

"Estou empolgado por essa batalha", disse Hamilton. "Pela primeira vez em muito tempo a Red Bull tem um carro com que pode lutar pelo título, então será uma batalha apertada por todo o ano."

No momento, por causa da volta mais rápida que marcou no último domingo (18), Hamilton lidera o campeonato com um ponto de vantagem.