Rio de Janeiro

Incêndio atinge reitoria da UFRJ

Segundo nota da reitoria, o incêndio começou às 11h; não houve feridos

Momento em que o Corpo de Bombeiros do Rio esteve no local - Reprodução/Twitter

Um incêndio atingiu as instalações da reitoria da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) na manhã desta terça-feira (20). O fogo atingiu o setor de procuradoria da universidade, além do núcleo de documentação da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo). Não houve feridos.

Segundo nota da reitoria, o incêndio começou às 11h. Uma investigação preliminar apontou que o fogo teve origem em um aparelho de ar-condicionado. A reitoria afirmou que abrirá sindicância para apurar o incidente.

Segundo Guilherme Lassance, vice-diretor da FAU, ainda não se sabe se houve perda de documentos, já que o Corpo de Bombeiros não liberou o acesso às salas. "Pelo que sabemos até agora, a sala principal do acervo não foi afetada", afirma.



Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Documentação da FAU, Andres Passaro afirmou que, em um vídeo feito por bombeiros no interior do prédio, é possível ver que a sala de reserva técnica, que guarda documentos mais antigos, escapou das chamas.

No entanto, a água usada para conter o incêndio pode ter danificado documentos na sala de restauro, onde havia sobre as mesas peças do arquiteto Archimedes Memória (1893-1960). Ele projetou, entre outros prédios, o Palácio Tiradentes e o Palácio Pedro Ernesto, onde hoje funcionam respectivamente a Assembleia Legislativa e a Câmara de Vereadores do Rio.

Segundo Passaros, a FAU guarda cerca de 200 mil documentos arquitetônicos, como mapas, maquetes, pranchas e fotos, alguns de valor histórico para a arquitetura do país, como coleções de Roberto Burle Marx, Affonso Eduardo Reidy e Marcos Konder.

A UFRJ afirmou que já existe um projeto básico para prevenção e combate a incêndios, elaborado pelo Escritório Técnico da Universidade, que aguarda orçamento do governo federal para aplicação.

Em 2018, um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional da quinta da Boa Vista, no Rio. O fogo destruiu 17 das 37 coleções que reuniam obras e peças ao longo de dois séculos.