Câncer

Bruno Covas segue internado sem previsão de alta, dizem médicos

Prefeito de São Paulo foi internado na última quinta (15) no Hospital Sírio-Libanês, depois que exames mostraram o surgimento de novos focos de câncer no fígado e ossos

Bruno Covas, prefeito de São Paulo - Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), segue internado sem previsão de alta para tratamento de câncer, com quimioterapia e imunoterapia.

Covas foi internado na última quinta-feira (15) no Hospital Sírio-Libanês, na região da Bela Vista (centro de São Paulo). Exames mostraram o surgimento de novos focos de câncer no fígado e ossos do prefeito.

De acordo com boletim médico divulgado na tarde desta terça-feira (20), Covas está tolerando bem a medicação e seu quadro é estável. "No momento, ainda não há previsão de alta hospitalar", afirma o texto da equipe que cuida do tucano, formada pelos médicos David Uip, Artur Katz, Tulio Eduardo Flesch Pfiffer e Roberto Kalil Filho.

Conforme os médicos disseram na última sexta (16), o prefeito foi internado na véspera no Hospital Sírio-Libanês para a realização de exames de controle, onde foram encontrados novos pontos da doença. Segundo o comunicado após a internação, Covas está clinicamente bem, sem sintomas e apto a seguir com atividades pessoais e profissionais.

O prefeito compartilhou o boletim médico desta terça-feira em suas redes sociais e agradeceu o apoio. "A luta continua o trabalho não pode parar. O apoio e carinho que recebo todos os dias me dão cada vez mais força. Seguirei como sempre: de cabeça erguida e cumprindo, junto com minha equipe, nossos compromissos com São Paulo", escreveu.

Covas já havia se pronunciado em redes sociais na semana passada, dizendo que não abaixará a cabeça. "Abaixar a cabeça!? De jeito nenhum. Vou seguir lutando. Ainda tenho muito trabalho a fazer. Obrigado a todos pelo carinho de sempre. Rezas, orações, pensamentos positivos que recebo de todos os cantos me fazem mais forte nessa batalha", escreveu.

O câncer do prefeito originou-se na cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado. Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas.

No ano passado, ele foi reeleito para mais quatro anos de mandato.

Entre outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram por completo.

Em fevereiro, um novo nódulo no fígado foi descoberto. Na ocasião, a equipe médica do prefeito disse que o câncer no sistema digestivo que ele trata desde 2019 conseguiu "ganhar terreno", mas que o novo nódulo era menor do que o encontrado há quase dois anos.