Superliga

Após debandada, Superliga europeia anuncia que vai 'remodelar projeto'

Dois dias depois da divulgação do ambicioso campeonato, apenas quatro das equipes fundadoras não haviam desistido oficialmente

Pouco mais de 48 horas após o anúncio, Superliga vem sofrendo com debandada de participantes

Derretida após a desistência de ao menos oito clubes, a Superliga europeia anunciou na noite de terça-feira (20) que vai "reconsiderar os passos apropriados para remodelar o projeto". Na prática, ao menos no momento, está suspenso o plano multibilionário estabelecido por 12 dos times mais ricos do continente.

Já na madrugada de quarta (21) no fuso horário da Europa, a recém-formada liga teve de anunciar essa "remodelagem" após um processo de forte pressão de torcedores e dirigentes de federações e confederações. Dois dias depois da divulgação do ambicioso campeonato, apenas quatro das equipes fundadoras não haviam desistido oficialmente.

"Dadas as atuais circunstâncias, devemos reconsiderar os passos mais apropriados para remodelar o projeto, sempre tendo em mente nossos objetivos de oferecer aos torcedores a melhor experiência possível e ampliar os pagamentos de solidariedade a toda a comunidade do futebol", diz o comunicado da Superliga.

Em um dia agitado, com vários jogadores aderindo aos protestos dos torcedores, os seis clubes ingleses envolvidos o projeto anunciaram sua desistência. Depois de Manchester United, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Tottenham e Chelsea, os italianos Milan e Inter de Milão seguiram o exemplo.

No momento em que a Superliga se viu obrigada a divulgar a redefinição de seus planos, só não tinham pulado do barco seus clubes espanhóis, Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid, além da italiana Juventus. Assim, foi necessário anunciar a mudança de rota em um texto que lamentava a pressão a que foram submetidos os times.

"Apesar do anúncio da saída dos clubes ingleses, forçados a tomar essa decisão devido à pressão colocada sobre eles, estamos convencidos de que nossa proposta é totalmente alinhada à lei europeia, como foi demonstrado em uma decisão judicial concedida para proteger a Superliga de ações de terceiros", diz o texto.