Descolamento de retina: como evitar e tratar
Responsável por causar prejuízos irreversíveis à visão, problema pode ser contido com diagnóstico precoce oferecido pelo Ícone da Visão
Localizada na parte mais interna do olho, a retina é um elemento primordial para a visão: é ela quem recebe o estímulo luminoso e o transforma em estímulo elétrico para que o nosso cérebro possa enxergar. Membrana fina, ela fica na posição adequada graças ao contato com o vítreo — substância semelhante a um gel que fica na parte mais interna do globo ocular — que, junto a outras estruturas, garantem sua nutrição. Quando esse elemento se desprende do globo ocular, acontece o chamado descolamento de retina, uma urgência oftalmológica que pode trazer sérios prejuízos irreversíveis à visão, incluindo a cegueira.
De acordo com o oftalmologista do Instituto de Cirurgia Ocular do Nordeste (Ícone da Visão), Silvio De Biase, o deslocamento da retina impede que o paciente enxergue na região que saiu do lugar. "Quando a retina sai do lugar, o caminho que leva a transformação de um estímulo luminoso em informação elétrica é interrompido, impedindo que nosso cérebro receba esses estímulos e gere a percepção das imagens que enxergamos", explicou. Ainda segundo o especialista, esse descolamento pode acontecer por causa de um rompimento da camada da retina por conta da tração do vítreo sobre a própria retina. "Há também processos inflamatórios e descolamentos tradicionais, sem rompimentos, causados por doenças que acometem os vasos da retina, como a diabetes e as tromboses retinianas por hipertensão arterial", emendou De Biase.
Há vários fatores que podem aumentar a probabilidade de um descolamento, conforme elenca o médico do Ícone: "a miopia; a idade avançada; um histórico de descolamento de retina na família; e os traumas e as cirurgias oculares são as causas mais frequentes."
Por ser indolor, o médico salienta a importância de ficar atento a alguns sinais que indicam que algo não vai bem na visão. "A presença de 'moscas volantes' súbitas na visão, que são aqueles pontos pretos móveis, principalmente associados a flashes de luz persistentes, necessita de uma avaliação oftalmológica com urgência", destaca Silvio. O paciente também deve ligar o alerta quando perceber sua visão turva ou embaçada e quando notar alguma sombra, no meio ou nas laterais.
Para o oftalmologista, um acompanhamento frequente para checar a saúde dos olhos é indispensável para evitar casos como o descolamento de retina, que age de forma silenciosa, já que um diagnóstico precoce ajuda a minimizar os danos causados pela doença. "Quando é detectada uma rotura na retina ou até mesmo um afinamento retiniano, mesmo que sem sintomas, o médico pode realizar o tratamento das lesões através da aplicação de um laser, a fotocoagulação, que é realizado de forma rápida e segura, evitando a evolução para um descolamento de retina. Por isso, o exame de mapeamento de retina, realizado no consultório, deve ocorrer de forma preventiva, anualmente ou antes disso, caso o paciente tenha alguma queixa visual aguda", recomenda o médico.
Para os casos em que o descolamento já ocorreu, o tratamento existente é a intervenção cirúrgica. Atualmente, há sistemas avançados de visualização em 3D que permitem uma melhor desenvoltura do procedimento, como é o caso do Artevo 800, equipamento utilizado pelo Ícone na correção desses casos. "A tecnologia de tomografia durante a cirurgia, presente no Artevo 800, auxilia na tomada de decisão do cirurgião durante o ato cirúrgico, tornando a intervenção menos traumática e mais segura", garante o profissional, que lembra que a recuperação da visão no pós-operatório depende do tempo que a retina ficou descolada e do quanto a região central da retina ficou comprometida.