Oscar 2021: conheça os vencedores da premiação
Neste domingo (25), maior cerimônia do cinema mundial anuncia seus vencedores
Com cerimônia dividida entre Los Angeles, Paris e Londres, a cerimônia do Oscar ocorreu neste domingo (25). "Nomadland" foi o grande vencedor da noite, abocanhando os troféus de melhor filme, melhor direção e melhor atriz.
Pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de melhor direção foi para um cineasta asiático. A chinesa Chloé Zhao, uma das duas mulheres indicadas nesta categoria em 2021, venceu a concorrência por “Nomadland”. Ela se torna a segunda mulher a ganhar como melhor diretora na história do prêmio. No ano passado, o sul-coreano Bong Joon-ho, de "Parasita", havia sido o vencedor.
Já no final da noite foram anunciados os prêmios de atuação. Frances McDormand, de "Nomadland", foi escolhida como melhor atriz, acumulando o terceiro Oscar da sua carreira. "Não tenho palavras. Minha voz é minha espada. Sabemos que nossa espada é o nosso trabalho e eu gosto de trabalhar", afirmou. Com "Meu pai", o veterano Anthony Hopkins conquistou seu segundo Oscar desde "O silêncio dos Inocentes", em 1992. Por conta da pandemia, o artista britânico não compareceu à premiação.
A abertura da noite ficou por conta da atriz Regina King, que deu início à premiação anunciando os prêmios de roteiro. A primeira estatueta da noite, de roteiro original, foi para Emerald Fennel por “Bela Vingança”. “Nunca achei que isso fosse acontecer. Estou tentando não chorar e isso é muito difícil para uma pessoa inglesa”, afirmou a cineasta britânica, que também concorria na categoria de melhor direção.
Já Florian Zeller recebeu o prêmio de melhor roteiro adaptado por “Meu pai”. Durante o discurso de agradecimento, o artista mencionou o ator Anthony Hopkins, protagonista do filme. “Para mim, ele é o melhor ator vivo no momento. A ideia de trabalhar com ele era um sonho”, disse.
Em um dos momentos mais emocionantes da noite, o diretor dinamarquês Thomas Vinterberg, de “Druk”, subiu ao palco para receber o troféu de filme internacional. Ele falou sobre a filha, que faleceu em um acidente de carro quatro dias antes do início das filmagens do longa-metragem. “Sinto muita falta dela, eu a amo. Fizemos esse filme como um monumento a ela. Isso é um milagre e você faz parte”, declarou.
Confirmando seu favoritismo, o ator Daniel Kaluuya foi escolhido o melhor ator coadjuvante por “Judas e o Messias Negro”. O artista já havia arrebatado outras premiações do circuito, como Globo de Ouro, Critic's Choice, SAG e Bafta. O Oscar de melhor som foi para “O Som do Silêncio”. Curiosamente, o anúncio foi feito pelo ator Riz Ahmed, protagonista do filme. Mais tarde, a produção também foi consagrada com o prêmio de melhor montagem.
“Dois estranhos” venceu como melhor curta de live-action. “Em média, a polícia nos Estados Unidos mata mil pessoas por ano. E essas pessoas, em sua maioria, são negras. Peço que vocês não sejam indiferentes à nossa dor”, discursou Travon Free, um dos diretores da obra.
"If Anything Happens I Love You" ficou com o prêmio de melhor curta-metragem de animação. Já a melhor animação em longa-metragem foi para “Soul”, filme da Disney/Pixar que trata de temáticas existenciais e vida após a morte. Na categoria de documentário em curta-metragem, a estatueta dourada foi para “Colette”. O prêmio de melhor documentário em longa-metragem ficou com “Professor Polvo”. “Tenet” ficou com o Oscar de melhor efeito visual.
Em sua primeira indicação ao Oscar, a sul-coreana Youn Yuh-Jung venceu como melhor atriz coadjuvante por “Minari”. Divertida, a artista arrancou risadas dos convidados em seu discurso. “Como eu posso vencer a Glenn Close?”, perguntou, brincando com o fato de ter concorrido com a norte-americana.
Líder de indicações deste ano, “Mank” venceu categorias técnicas: melhor design de produção e melhor fotografia. Depois de ganhar como melhor animação, "Soul" abocanhou o prêmio de trilha sonora. “Fight For You”, composta por D’Mile e H.E.R. para "Judas e o Messias Negro" faturou o prêmio de canção original.
A tradicional homenagem aos profissionais do cinema que faleceram ao longo do ano fez menção às mais de três milhões de pessoas que foram vítimas da Covid-19. Entres os artistas que foram celebrados, estiveram nomes como Chadwick Boseman e Sean Connery.