Rei do pop

Processo de abuso sexual contra Michael Jackson é arquivado em Los Angeles

Tribunal Superior do Condado de Los Angeles e afirmou: "Não há nenhuma evidência que apoie a alegação de que os réus exerceram controle sobre Jackson"

Cantor Michael Jackson - Reprodução/Instagram

O coreografo Wade Robson teve seu processo contra o cantor Michael Jackson arquivado por um juiz em Los Angeles, nesta semana. Robson acusa o artista de abuso sexual, e tentava responsabilizar as empresas MJJ Productions e MJJ Ventures de facilitarem os crimes.
 
O dançarino havia processado o espólio de Michael Jackson em 2013, alegando que o cantor abusou sexualmente dele por quase 10 anos. O espólio do cantor, responsável pelos empreendimentos, contesta desde então as acusações e a última resposta a seu favor veio pelo juiz Mark A. Young.
 
Young é do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles e afirmou: "Não há nenhuma evidência que apoie a alegação de que os réus exerceram controle sobre Jackson. A evidência demonstra ainda que os réus não tinham capacidade legal para controlar Jackson, porque ele tinha propriedade total e completa dos réus corporativos".
 
"Sem controle, não há relação ou dever especial entre os réus e o requerente. Além disso, não há evidência de abuso por parte do réu", concluiu o juiz. O processo de Robson já havia sido rejeitado em 2017, pois foi concluído que foi aberto fora do estatuto de limitações, mas foi reavivado no início de 2020.
 
O dançarino conseguiu fazer uma nova apelação porque a Califórnia promulgou uma lei que estendia o período em que as pessoas deveriam entrar com ações de agressão sexual contra terceiros de 26 para 40 anos.
 
Jonathan Steinsapir, advogado do espólio do cantor, disse em um comunicado enviado ao The Hollywood Reporter: "A partir de hoje, um julgamento sumário contra Wade Robson foi concedido três vezes diferentes por dois juízes diferentes do Tribunal Superior."
 
"Wade Robson passou os últimos oito anos perseguindo reivindicações frívolas em diferentes ações judiciais contra o espólio de Michael Jackson e as empresas associadas a ele. Robson tomou quase três dúzias de depoimentos e inspecionou e apresentou centenas de milhares de documentos tentando provar suas alegações", continuou.
 
"Mas um juiz mais uma vez decidiu que as alegações de Robson não têm mérito algum, que nenhum julgamento é necessário e que seu último caso foi arquivado". O advogado do dançarino anunciou que irá apelar a decisão.


"Esta decisão do juiz Mark A. Young sofre das mesmas falhas fatais que a decisão do juiz anterior Mitchell Beckloff, que pudemos anular na apelação. Por este motivo, iremos apelar ao Tribunal de Recurso e ao Supremo Tribunal, se necessário", começou.
 
"Se permitido, a decisão estabeleceria um precedente perigoso que deixaria milhares de crianças que trabalham na indústria do entretenimento vulneráveis a abusos sexuais por pessoas em posições de poder. As crianças de nosso estado merecem proteção, e não vamos parar de lutar até garantir que todas as crianças estejam seguras".
 
Robson afirma que os abusos começaram a acontecer em um momento que ele foi deixado sozinho com o cantor. Suas acusações aparecem no documentário "Leaving Neverland" (2019, HBO). O espólio de Michael Jackson nega as afirmações e tem um processo judicial contra a HBO pelo documentário.
 
James Safechuck também moveu um processo contra o espólio de Michael Jackson anteriormente, mas foi rejeitado. O cantor morreu em 2009.