Primeira sessão da CPI da Covid tem bate-boca e convocação de ex-ministros da Saúde de Bolsonaro
O senador governista Ciro Nogueira (PP-PI) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), chegaram a discutir sobre a necessidade ou não de colocar em votação todos os requerimentos
Em uma sessão marcada por discussões e tentativas de governistas de retardar os trabalhos da comissão, os senadores que integram a CPI da Covid aprovaram na manhã desta quinta-feira (29) requerimentos para convocar ex-ministros da Saúde, incluindo o general Eduardo Pazuello.
Esses foram os primeiros requerimentos aprovados pela comissão e vão definir a pauta de depoimentos da próxima semana. Os requerimentos aprovados preveem também a convocação dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
Além desses, também foram convocados o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, além do diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres. Todos comparecerão ao Senado na condição de testemunha.
Inicialmente, também estava prevista a convocação do ex-secretário especial de Comunicação da Presidência Fabio Wanjngarten. No entanto, após resistência dos governistas, houve um acordo para que apenas os requerimentos referentes aos depoimentos da próxima semana fossem aprovados.
A sessão desta quinta, a primeira de trabalho da comissão após a sua instalação na última terça (27), foi marcada por algumas tentativas de obstrução dos senadores governistas, que são minoria na CPI.
Senadores apresentaram questões de ordem que foram vistas como meramente protelatórias, como para determinar o regime presencial de trabalhos na comissão.
O senador governista Ciro Nogueira (PP-PI) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), chegaram a discutir sobre a necessidade ou não de colocar em votação todos os requerimentos.
Nogueira insinuou que Renan tinha medo dos pedidos de informações que eventualmente fossem apresentados, provocando a reação do senador alagoano.
Os senadores também aprovaram requerimentos de solicitação de documentos, como todos os processos administrativos e demais tratativas relacionadas com a contratação de vacinas contra a Covid-19 e insumos médicos e todos os contratos e convênios da União que resultaram em repasses para estados e capitais.