Economia

Dólar volta a cair e fecha no menor valor desde janeiro

Bolsa de valores recua 0,82% em dia de realização de lucros

Dólar - Domínio público

Em mais um dia de alívio externo e interno no mercado financeiro, o dólar voltou a cair e fechou no menor valor desde o fim de janeiro. Depois de ter alcançado na última quarta-feira (28) o maior nível em duas semanas, a bolsa de valores recuou num dia de realização de lucros, quando os investidores vendem ações para embolsarem ganhos recentes.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (29) vendido a R$ 5,337, no menor valor desde 26 de janeiro, quando tinha fechado em R$ 5,327. A cotação operou próxima da estabilidade durante todo o dia, alternando altas e baixas, até consolidar a tendência de queda na hora final de negociação. A divisa acumula queda de 5,19% em abril e alta de 2,99% em 2021.

O otimismo no câmbio não se repetiu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 120.066 pontos, com recuo de 0,82%. O indicador chegou a operar em alta no início da sessão, mas passou a cair nas horas seguintes com os investidores vendendo ações de bancos, que tinham subido ontem.
 

O dólar caiu ainda sob efeito do discurso de ontem do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Após dois dias de reuniões, o Banco Central norte-americano anunciou que não pretende mexer tão cedo na política de estímulos à maior economia do planeta. Ontem à noite, o presidente Joe Biden propôs um novo pacote econômico de US$ 1,8 trilhão em ajuda a famílias americanas de menor renda e investimentos em infraestrutura, elevando para quase US$ 4 trilhões o total de injeção de dólares oferecida em seu governo.

A maior quantidade de dólares em circulação aumenta a liquidez no sistema financeiro internacional e reduz a pressão sobre países emergentes, como o Brasil. No cenário interno, o dólar consolidou a queda após a divulgação do resultado do Governo Central, que apontou superávit primário de R$ 2,1 bilhões em março. O resultado veio melhor que o esperado pelas instituições financeiras, que projetavam déficit de R$ 3,1 bilhões no mês passado.