Mercado de e-commerce em crescimento no Brasil
Com a pandemia da Covid-19, os consumidores ganharam mais confiança em fazer as suas compras no mundo on-line
Em constante crescimento, as plataformas de e-commerce no Brasil oferecem diversas possibilidades para consumidores e empresários. De acordo com o estudo “The Global Payments Report 2021” realizado pela empresa de tecnologia financeira FIS, o mercado de e-commerce deve crescer 57% até 2024 no País. Em 2020, os gastos com o comércio eletrônico cresceram 22%, o crescimento mais rápido dos últimos cinco anos. Os smartphones utilizados para realizar as compras, por sua vez, se consolidam com projeção de aumento de 17% ao ano nos próximos quatro anos.
O estudo conduzido pela Worldpay from FIS apontou também o cartão de crédito como o método de pagamento on-line mais popular em 2020, com 43% das compras e deve permanecer no topo até 2024. As carteiras digitais aparecem logo em seguida, com 17%.
Com a aceleração devido à pandemia da Covid-19, o e-commerce aparece como destaque no comércio digital em vários países, incluindo o Brasil. O estudo da FIS mapeou também as principais tendências em pagamentos em 41 países.
“O mercado brasileiro sempre foi um dos mercados mais avançados em termos de comércio eletrônico na região, historicamente foi o maior mercado, o investimento tanto de empresas nacionais, quanto internacionais e da indústria também acaba acelerando a presença do consumidor. O comércio eletrônico sempre continuou em crescimento, mesmo com a crise financeira. A pandemia teve relação com uma nova reaceleração do mercado, porque muitas compras que o consumidor tinha receio de fazer virtualmente, começou a fazer porque não tinha como ir à loja”, pontua Juan D’Antiochia, Gerente Geral da Worldpay from FIS para a América Latina.
“A expectativa é de muito otimismo, mesmo depois do período de pandemia, a maioria desse crescimento vai ficar e vai continuar, porque muitas pessoas perderam o medo do comércio eletrônico e do pagamento pela internet. A partir do momento que fizeram uma vez e deu certo, perderam o medo”, ressalta Juan.
Investindo no comércio virtual devido à pandemia do novo Coronavírus, muitas empresas viram a necessidade de investir mais na área, como o Mundo do Cabeleireiro, que criou uma área digital com vários canais de comunicação e venda para os seus clientes, através da plataforma de e-commerce mundodocabeleireiro.com.br e via WhatsApp. Em 2020, as vendas virtuais representaram mais de 3% do faturamento da empresa. Para 2021, a expectativa é que o digital represente até 8% do faturamento. Em 2025, a expectativa é de que esses canais digitais representem mais de 15% do faturamento da Companhia.
“O tema digital já fazia parte da estratégia da companhia. Mas, em 2020, devido às restrições, esse assunto ganhou uma prioridade total no board da empresa. O tema é acompanhado estrategicamente em todas reuniões de diretoria e conselho. Foi formada uma equipe, totalmente focada para atender o digital. Precisamos estar presentes em todos os canais disponíveis”, destaca o diretor digital do Mundo do Cabeleireiro, Paulo Raposo.
Para a criação das lojas no meio virtual, diversas empresas oferecem plataformas de e-commerce para os empreendedores. A empresa de e-commerce do grupo Locaweb, Tray, aparece nesse cenário, permitindo que os empreendedores possam criar a versão on-line da sua loja e atender a uma maior demanda, através de ferramentas especializadas.
O diretor comercial e de marketing da Tray, Thiago Mazeto, explica que a integração on-line auxilia os empreendedores a crescerem com as suas vendas. “Hoje é possível integrar a sua loja física com a digital e comunicar através das redes sociais, tudo isso centralizado na plataforma. Então, somente essa possibilidade de gestão unificada desses canais on-line e offline na plataforma já potencializam e muito o crescimento das vendas dos clientes e, além disso, a Tray oferece diversos cursos e conteúdos gratuitos que vão desde configurações técnicas da plataforma de e-commerce como ao nosso grande portal de conteúdos educativos que a escola de e-commerce”, afirma.