Pandemia

Brasil volta a passar o Reino Unido em mortes por Covid-19 por 100 mil habitantes

A taxa brasileira atual é de 189,7 mortes por 100 mil habitantes. Já a britânica está em 188,2

Mortes pela Covid-19 - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco.

O Brasil voltou a passar o Reino Unido em número de mortes por 100 mil habitantes. A taxa brasileira chegou a 189,7 mortes por 100 mil habitantes, enquanto a britânica se encontra em 188,2. A ultrapassagem se concretizou com o Brasil superando a marca de 400 mil mortes por Covid.

É a segunda vez que o Brasil ultrapassa o Reino Unido. A primeira ocorreu em 12 de setembro de 2020, mas, pouco tempo depois, no dia 19 de novembro, os britânicos retomaram a posição à frente dos brasileiros, segundo dados do Our World in Data e do monitoramento da Universidade Johns Hopkins.

A situação dos dois países é oposta. Enquanto o Brasil permanece com altíssimas médias móveis de mortes acima de 2.000 por dia, o Reino Unido tem tido médias nas casas de 20 ou 30 por dia. Além disso, os britânicos estiverem entre os primeiros a iniciar a vacinação em massa da população, contando, no momento, com mais de 27% da população com mais de 18 anos já totalmente vacinada.

Mas o Reino Unido também foi um dos países a enfrentar momentos críticos da pandemia, inclusive com a identificação de uma nova variante do Sars-CoV-2 –a mais transmissível B.1.1.7. O cenário preocupante levou o país a medidas restritivas severas, como um lockdown para frear o avanço da doença e da variante. O Reino Unido também tem um forte programa de monitoramento de variantes.

Recentemente, o Brasil passou os EUA, também pela segunda vez na pandemia, na taxa de mortes por Covid por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos tem o maior número total de mortes pela doença (575.921), mas também se encontram em situação melhor que o Brasil, com vacinação mais ágil e avançada. O país atualmente tem média móvel diária de mortes na casa de 600 e em queda.

O Brasil é o segundo país com mais mortes no mundo, 404.048, segundo os dados mais recentes do consórcio de veículos de imprensa. Em abril, o país registrou mais de 82 mil mortes, o mês mais letal da pandemia.