Reino Unido reduz alerta por Covid-19 e suspende mais restrições
Com o confinamento, em janeiro, e a vacinação, o país entra em desaceleração do vírus
As autoridades sanitárias britânicas decidiram, nesta segunda-feira (10), diminuir o nível de alerta para a pandemia da Covid-19 em um ponto, antes de o premiê Boris Johnson anunciar uma nova suspensão das restrições, com a reabertura de restaurantes, museus e cinemas.
Com isso, o alerta passa do nível quatro — circulação geral do vírus e transmissão alta — para três — epidemia de circulação geral -, informaram os chefes médicos de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, em um comunicado.
Graças ao confinamento imposto desde janeiro e ao sucesso da campanha de vacinação, "o número de casos e de mortes e a pressão sobre os hospitais têm diminuído de forma constante", afirmaram.
"No entanto, a Covid-19 continua a circular com pessoas que se contaminam e propagam o vírus todos os dias. Por isso, todos devemos permanecer atentos", ressaltaram.
Em fevereiro, o nível de alerta já havia sido reduzido do nível cinco, o máximo, para quatro.
Este anúncio acontece pouco antes de uma aparição de Johnson à tarde para anunciar que as restrições continuarão a ser suspensas.
O premiê conservador deve anunciar a terceira etapa do plano de desconfinamento, que entrará em vigor em 17 de maio. Também deverá ser divulgada a flexibilização de algumas restrições às viagens internacionais.
De acordo com o plano antecipado por Johnson em março, a partir da próxima segunda-feira, os britânicos deverão poder se reunir em ambientes fechados em grupos de, no máximo, seis pessoas, ou de duas unidades familiares.
O governo quer, mais uma vez, permitir "o contato entre amigos e familiares" e que possam ter a possibilidade de se abraçarem, disse o ministro-chefe do Gabinete, Michael Gove, à rede BBC no domingo.
Bares e restaurantes poderão voltar a atender seus clientes em ambientes fechados, e festas de casamentos poderão reunir até 30 participantes. Ao ar livre, reuniões de mais de 30 pessoas continuariam proibidas.
O novo coronavírus deixou mais de 127.000 mortos no Reino Unido, o país mais afetado da Europa. As taxas de infecção vêm caindo, porém, até atingirem seu nível mais baixo desde setembro, o mesmo aconteceu com as hospitalizações, também em tendência de queda, relatou Downing Street.
Avaliações do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) mostram que uma em cada 1.180 pessoas está infectada com Covid-19, contra 1 a cada 480 no início de abril.
Desde o lançamento da campanha de vacinação no território, em 8 de dezembro, mais de 35 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina. O governo afirma que está "em vias" de atingir sua meta de ter oferecido uma primeira dose da vacina a todos os adultos até o final de julho.
"Os dados refletem o que já sabíamos: não vamos permitir que esse vírus vença", declarou Johnson, em um comunicado.
"Nosso programa de vacinação continua a ser bem-sucedido, mais de dois terços dos adultos no Reino Unido já receberam a primeira dose e, agora, podemos 'desconfinar', de maneira prudente, mas irreversível", completou.