Senado

CPI também pretende ouvir ex-presidente da Pfizer, nesta quinta (13)

Na votação, os senadores incluíram a convocação do presidente anterior, o espanhol Carlos Murillo, que atualmente ocupa o cargo de presidente regional para a América Latina

Vacina da Pfizer - Justin Tallis/AFP

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), nesta terça-feira (11), lembrou que em 2020 o governo federal recusou a oferta do laboratório para a venda de 70 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 da Pfizer. A Comissão pretende ouvir representantes da empresa na próxima quinta (13).

O documento da Comissão, no texto original, convocava apenas a presidente atual da empresa, a espanhola Marta Díez, que assumiu o cargo em 1 de fevereiro. Mas, durante a votação, os senadores incluíram também a convocação do presidente anterior, o espanhol Carlos Murillo, que atualmente ocupa o cargo de presidente regional para a América Latina.

"Um dos casos que demostrou a inabilidade do Ministério da Saúde na condução do planejamento da vacinação contra a Covid-19 foi a não contratação da vacina da Pfizer, que ofereceu 70 milhõe de dosses ao Brasil ja em setembro de 2020", lembrou Renan Calheiros.

Em vez das 70 milhões de doses, que teriam sido oferecidas há 9 meses, 1 milhão chegaram ao Brasil em 29 de abril deste ano, depois do Congresso aprovar um projeto do presidente do Legislativo Federal, Rodrigo Pacheco, que facilitou a aquisição de vacinas.

Antes, a vacina já havia sido comprada por vários países da Europa mas, como disse o relator, o governo brasileiro resistia à compra. "Está bem claro lá no contrato: nós não nos responsabilizamos pelos efeitos colaterais. Se você virar um jacaré, o problemas é de vocês, pô", declarou Jair Bolsonaro, na ocasião. 

Com outro tom a respeito da empresa farmacêutica, agora o ministro da Saúde, MArcelo Queiroga, afirma que o governo chegou a um entendimento para a compra de imunizantes. "A relação com a Pfizer é uma relação muto boa, sem nenhum tipo de probelma. Temos a possibilidade concreta de termos 100 milhoes de doses, sendo 35 milhões já em setembro", afirmou.