Saúde

Se contrato com Pfizer fosse aceito em agosto, Brasil teria 18,5 milhões de doses

Isto porque, no ano passado, teriam sido entregues 1,5 milhões de doses, 3 milhões no primeiro trimestre, e 14 milhões no segundo

Vacina da Pfizer contra a Covid-19 - Heudes Regis/SEI

O gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, disse à CPI da Covid que, se o contrato com a empresa tivesse sido assinado pelo governo federal em agosto do ano passado, o Brasil teria disponíveis 18,5 milhões de doses da vacina, até o segundo trimestre deste ano.

Isto porque, no ano passado, teriam sido entregues 1,5 milhões de doses, 3 milhões no primeiro trimestre, e 14 milhões no segundo. No entanto, Murillo disse que só ficou confiante com o fechamento do acordo no dia 19 de março deste ano.

CONDIÇÕES DE VENDA
Carlos Murillo afirmou que as condições impostas para a venda de vacinas ao governo brasileiro não eram "leoninas", como descreveu o ex-ministro Eduardo Pazuello.
 


"Não estou de acordo com essa categorização de [que as] condições eram leoninas", disse, em depoimento à CPI da Covid.

Murillo afirmou que as condições eram, em linhas gerais, as mesmas oferecidas para outros países, com pequenas variações por causa das peculiaridades de cada localidade.

As condições impostas pela empresa, que exigia imunidade por eventuais efeitos colaterais da vacina, queria garantias de pagamentos no exterior, entre outros itens, foi apontada pelo governo brasileiro como obstáculo para a aquisição da imunização.

ACORDO DE 100 MILHÕES DE DOSES
Murillo explicou que o acordo firmado com o Brasil foi feito com base em oferta do dia 8 de março, que prevê a entrega de 100 milhões de doses.

Pela proposta, 14 milhões serão entregues no segundo trimestre de 2021 e os 86 milhões de doses restantes chegarão ao país no terceiro semestre deste ano.

Murillo disse que só ficou confiante com o fechamento do acordo para o fornecimento da vacina com o governo brasileiro no dia 19 de março deste ano, quando o contrato foi assinado.