Televisão

"Vai que Cola" volta à TV aberta aos sábados, em horário nobre

Programa estreia neste fim de semana em horário nobre

Elenco "Vai que Cola" - Divulgação

De cara, o “Vai que Cola” se mostrava uma saída perfeita para a falta de atrações inéditas para ocupar a faixa de horário do “Big Brother Brasil” aos sábados, após o fim da 21ª edição do reality. Hoje, no entanto, mesmo que isso não tenha sido premeditado, a exibição da 7ª temporada do humorístico na Globo se torna uma bela e divertida homenagem a Paulo Gustavo.

A morte prematura do ator, que conquistou seu espaço no teatro, na televisão e, principalmente, no cinema nacional como a superprotetora Dona Hermínia da franquia “Minha Mãe É uma Peça”, foi um choque nessa pandemia. E, talvez por isso, mesmo sendo apenas uma participação especial nesta leva de episódios do seriado, o nome dele seja o principal carro-chefe dessa reprise.

Paulo encarna a trambiqueira Angel, irmã de Valdomiro Lacerda, personagem do ator nos primeiros anos do seriado.

Curiosamente, o público tem a oportunidade de vê-lo na tevê aberta justamente em um personagem diferente do que a maioria das pessoas estava acostumada. Ainda que apenas em quatro dos 11 episódios que o canal separou para exibir. Aliás, essa deve ter sido uma escolha difícil da emissora, afinal, foram produzidos 40 episódios para o sétimo ano do programa do Multishow - disponíveis para os assinantes da plataforma Canais Globo.

Não é a primeira vez que o “Vai que Cola” ganha espaço na Globo. Isso já aconteceu em dezembro do ano passado, de segunda a sexta-feira, mas em horário ingrato. Na época, uma seleção de episódios da 6ª temporada do seriado foi exibida após o “Jornal da Globo”, ou seja, na madrugada. Agora, indo ao ar logo depois da reprise da novela “Império”, o programa pode conquistar um público novo.

Na história, o carteiro Reginel, papel de Luís Lobianco, ganhou uma promoção de aniversário de um supermercado e descola passagens para Miami, levando alguns amigos. Lá, eles acabam em um hotel falido da sonsa Rosa, vivida por Grace Gianoukas, uma prima de Dona Jô, interpretada por Catarina Abdalla. Além de Reginel e Jô, Ferdinando, Jéssica, Maicón e Terezinha, personagens de Marcus Majella, Samantha Schmütz, Emiliano D'Ávila e Cacau Protásio, também estão na viagem.

“Vai que Cola” aposta no formato de sitcom, que volta e meia é utilizado por programas de humor. Na sétima temporada, gravada antes da pandemia, ainda há plateia - que, no caso do programa do Multishow, faz muita diferença, porque se trata de um público atuante e que se manifesta bastante. O cenário é giratório, de 360°, o que garante agilidade na mudança entre os vários ambientes diferentes, algo que nem sempre é possível em sitcoms. Quanto ao texto, é nítida a evolução ao longo das temporadas. Mas a verdade é que é justamente quando o elenco sai do texto e começa a improvisar - ou faz piadas de si mesmos - que as melhores tiradas acontecem. Mérito de um elenco seguro e bem escolhido, que não tem qualquer receio de parecer ridículo no ar.

SERVIÇO
"Vai que Cola” - Globo - Aos sábados, às 22h30.