FAIXA DE GAZA

Ataque a prédio em Gaza, onde operavam veículos de comunicação, foi 'legítimo', diz Netanyahu

Além disso, Netanyahu negou que Israel tenha rejeitado uma trégua proposta pelo Egito e aceita pelo Hamas

Jornalista da AJazeera ao lado dos escombros da Torre de Jala, que abrigava escritórios de imprensa internacionais, após um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza em 15 de maio de 2021 - Mohammed Abed / AFP

O prédio em Gaza que abrigava escritórios da mídia internacional e foi destruído por um ataque israelense no sábado era "um alvo perfeitamente legítimo", afirmou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu neste domingo (16).

A Torre Jala, onde operavam a agência norte-americana Associated Press (AP) e a rede árabe Al-Jazeera, também tinha "um escritório de inteligência da organização terrorista palestina (...) que prepara e organiza ataques terroristas contra civis israelenses", explicou ele em declarações à CBS, referindo-se ao Hamas.

“Portanto, é um alvo perfeitamente legítimo”, acrescentou Netanyahu, que garantiu que Israel “compartilha todas essas informações com nossos amigos norte-americanos”.

A editora e vice-presidente da AP, Sally Buzbee, disse à CNN que ela não sabia com quais informações o exército israelense estava lidando e que é necessária uma "investigação independente sobre o que aconteceu".

Segundo Netanyahu, o exército tomou "todas as precauções para garantir que não houvesse vítimas civis". Reafirmando o "direito natural à autodefesa" do Estado hebraico, ele garantiu que fará "o que for necessário para restaurar a ordem e a calma, a segurança de nosso povo e a dissuasão".

"Estamos tentando reduzir a capacidade do Hamas e sua disposição de voltar a fazer isso", disse ele. "Vai levar tempo, espero que não muito, mas não é imediato."

Além disso, Netanyahu negou que Israel tenha rejeitado uma trégua proposta pelo Egito e aceita pelo Hamas.

"Francamente, se o Hamas pensou que poderia lançar foguetes e relaxar enquanto gozava de imunidade, estava equivocado", afirmou ele, mais uma vez acusando o movimento islâmico palestino de "se esconder atrás de seus civis usando-os como escudos humanos".