Afogamento

Morte de turista em Fernando de Noronha traz alerta sobre acidentes aquáticos

Homem de 52 anos morreu na última quinta-feira (20) após prática de "plana sub". Atividade requer cuidado com a segurança.

Noronha - Bruno Lima - MTUR/Divulgação

Turista de São Paulo, um homem de 52 anos morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória e perder a consciência enquanto fazia um mergulho com prancha em Fernando de Noronha. O episódio chama atenção para a prevenção de acidentes e afogamentos durante atividades aquáticas.

Segundo a assessoria de imprensa da Administração de Noronha, a vítima, que não teve a identidade divulgada, praticava a modalidade de “plana sub”. A prática, comum no arquipélago, consiste em mergulhos feitos com uma prancha que é puxada por um barco. Durante a sessão esportiva, o turista teria passado mal e ficou inconsciente, sendo socorrido pelo Corpo de Bombeiros.

Em parada cardiorrespiratória, ele foi levado por uma equipe do Samu para o Hospital São Lucas, onde chegou a ser reanimado. Mas horas depois, enquanto aguardava estabilização para ser removido em UTI móvel para o Recife, o paciente teve mais duas paradas cardiorrespiratórias e morreu.


Segurança
Acidentes aquáticos envolvendo especificamente a modalidade de “plana sub” são muito raros, mas, entre os eventos que mais provocam esse tipo de ocorrência, estão práticas com uso de embarcações, como esportes náuticos e mergulho.

De acordo com o coronel André Ferraz, diretor administrativo da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), o afogamento é uma das dez causas de morte mais comuns no País, em todas as faixas etárias, mas ocorre, com mais frequência, entre crianças e jovens.

“De uma forma geral, um acidente envolvendo o meio aquático pode ser consequência de três variáveis: se a pessoa está com o preparo [físico], se está com o material adequado e as condições ambientais”, explica.

Para a prática do “plana sub”, devem ser utilizados equipamentos de mergulho livre, como mamadeira de oxigênio, máscara e snorkel, dispositivo que permite o praticante absorver o ar fora da água por meio de um tubo. A modalidade deve ser realizada em duplas e sob supervisão de um instrutor.

“O mergulhador também tem que ter uma boa condição [física] antes, durante e depois da atividade”, diz o diretor da Sobrasa. “Uma parada cardiorrespiratória pode acontecer em qualquer lugar. Se ele teve um mal súbito por algum problema preexistente, qualquer outra atividade seria contra-indicada. Vai ter que esperar a análise [pericial]”.