Grupo de conversa ajuda a informar e derrubar mitos sobre a adoção de crianças e adolescentes
Grupo de Apoio a Adoção de Paulista realiza reuniões uma vez por mês
Qual o passo a passo para adotar legalmente uma criança no Brasil? Quanto tempo dura o processo de adoção? Existem maneiras de facilitar a ambientação de um filho adotivo, sobretudo quando ele é mais velho? Essas e outras questões costumam visitar os pensamentos daqueles que sonham com a adoção.
Para ajudar a esclarecer dúvidas e melhor orientar os pretendentes a uma adoção foi que surgiu o Grupo de Apoio a Adoção de Paulista (GaaP), criado em 2015, no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), por iniciativa de pais por adoção e profissionais envolvidos na área, como psicólogos e pedagogos.
Mensalmente, sempre no último sábado de cada mês, são realizadas reuniões para discussões e compartilhamento de experiências relacionadas à adoção de crianças e adolescentes. Também é incentivado o apadrinhamento daqueles que se encontram em instituições.
No próximo sábado (29), a reunião será ainda mais especial, para celebrar o Dia Nacional da Adoção, comemorado nesta terça-feira (25).
Duas integrantes da Coordenação da Infância e Juventude do Tribunal da Justiça de Pernambuco (TJPE), atuantes também no Programa Acolher - que orienta mulheres gestantes interessadas em entregar os bebês para adoção -, participarão do encontro. O tema a ser abordado é o papel da maternidade na sociedade atual.
Por causa da pandemia, as reuniões têm acontecido de forma virtual, através da ferramenta Google Meet, sempre das 15h às 17h, de forma gratuita (veja os contatos ao final do texto).
O formato virtual, inclusive, acabou aumentando o público nas reuniões, pela praticidade. O quórum, que girava entre 20 e 30 participantes, agora chega a 40, entre adotantes, pretendentes e interessados. Até pessoas de outros municípios de Pernambuco e de outros estados do País têm participado.
"Quanto mais divulgamos sobre a adoção, o fato de ser algo jurídico, seguro, para sempre, mais e mais pessoas estão procurando. Tivemos um aumento significativo nos últimos anos. As pessoas têm evitado a 'adoção à brasileira', através de subterfúgios para registrar bebês, e buscado a forma legal, pela segurança que a justiça dá”, diz Márcio Francisco dos Santos, um dos idealizadores e presidente do Gaap.
Os mesmos voluntários do Gaap comandam ainda o Núcleo de Apoio Pós-Adoção (Napa), direcionado a auxiliar os pais que estão em fase de aproximação, convivência ou já com adoção ajuizada.
O Gaap é formado por pais que adotaram, como Márcio, além de profissionais de psicologia e pedagogia que orientam e esclarecem as dúvidas dos adotantes. Todos atuam de forma voluntária.
"A gente sempre orienta que a adoção é uma forma justa e bonita de buscar a maternidade/paternidade. A filiação por adoção não é de segunda ou terceira categoria”, frisa Márcio, explicando que legislação evoluiu nos últimos anos.
"Nas décadas de 60 e 70, até o registro tinha o termo 'filho legítimo’ ou 'filho ilegítimo', mas a própria lei hoje já proíbe qualquer distinção. Hoje, derrubados os mitos em relação à adoção, os números demonstram que, cada vez mais, pessoas que têm filhos biológicos também estão buscando adotar”, explica ele.
"Antigamente, era mais comum os adotantes desejarem crianças com até dois anos. Hoje muitos já buscam crianças com mais de seis, sete anos ou mesmo adolescentes. Temos visto adoções de grupos de irmãos. Está ampliando mais o perfil", comemora.
Informações
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Contatos: (81) 98166-0691 / 98788-3359 / 99979-9714