Variante indiana da Covid-19 é detectada em pelo menos 53 territórios, segundo OMS
A variante demonstrou ser mais contagiosa, enquanto o grau de gravidade e o risco de infecção são investigados
A variante indiana da Covid-19 foi oficialmente detectada em 53 territórios, de acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado nesta quarta-feira (26).
No entanto, a maior autoridade mundial em saúde recebeu informações de fontes não oficiais indicando que a variante B.1.617 foi encontrada em sete outros territórios, de acordo com dados epidemiológicos semanais atualizados, elevando o número para 60.
De acordo com o relatório, a variante B.1.617 demonstrou ser mais contagiosa, enquanto o grau de gravidade e o risco de infecção são investigados.
Na semana passada, foram registrados mais de 4,1 milhões de novos casos e 84 mil óbitos no mundo, o que representa uma queda de 14% e 2%, respectivamente, em relação à semana anterior.
A maior redução de casos foi registrada na Europa e no Sudeste Asiático, segundo a organização.
O número de casos registrados nas Américas, no leste do Mediterrâneo, na África e nas regiões do oeste do Pacífico são semelhantes aos relatados na semana anterior.
“Apesar da tendência geral de diminuição dos casos nas últimas quatro semanas, a incidência de casos e mortes de Covid-19 continua alta, e aumentos significativos foram observados em muitos países”, alerta o documento.
O maior número de novos casos nos últimos sete dias foi registrado na Índia (1.846.055 - 23% menos); Brasil (451.424 - +3%), Argentina (213.046 - +41%), Estados Unidos (188,410 - -20%) e Colômbia (107,590 -7%).
Até o momento, foram detectadas quatro variantes de Covid-19, vírus que surgiu no final de 2019 na China: britânica (B.1.1.7), sul-africana (B.1.351), brasileira (P.1) e Índia (B .1.617).
“A evolução do vírus é esperada e quanto mais o SARS-CoV-2 circula, mais oportunidades ele tem de evoluir”, diz o relatório.
"Reduzir o contágio por meio de métodos de controle de doenças estabelecidos e comprovados é parte essencial da estratégia global para reduzir as mutações que têm implicações negativas na saúde pública", alerta a organização.