COVID-19

PE: maio deste ano tem menos mortes em relação a mesmo mês de 2020, mas Agreste vive pior momento

As mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), suspeitas de Covid-19, num total, são inferiores em mais de 50% do mesmo período do ano anterior

Coronavírus - Divulgação

Maio de 2020 foi o mês mais danoso da pandemia provocada pelo novo coronavírus em Pernambuco. Em comparação com o mesmo período de 2021, o secretário estadual de Saúde, André Longo, acentuou  a diferença principal entre o número de mortes causadas pela pandemia no mês de 2020 e o momento atual da pandemia no Estado.

Apesar disso, Longo reforçou que o Agreste de Pernambuco vive o pior momento da pandemia e que o Estado se encontra em uma situação delicada, com mais de 300 pessoas esperando por vagas de leitos no sistema de saúde. 

"Hoje temos um entendimento do corpo clínico dos médicos que internar em forma precoce, seja em enfermaria, seja em UTI, é um diferencial para reduzir mortalidade e isso é fato. Pernambuco em maio de 20 tinha a 3° ou 4° maior mortalidade do País. Hoje, em 21, quando se analisa os últimos 5 meses, Pernambuco tem a segunda menor mortalidade do Brasil", informou o secretário.

As mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), suspeitas de Covid-19, num total, são inferiores em mais de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. "Para se ter uma ideia, em relação a óbitos, na semana 20 de 2020, que é maio, tivemos 1.021 óbitos de Srag, 80% deles positivos para a Covid. Neste ano, na semana 20, foram 411, desses 216 foram confirmados para Covid", ressaltou. 

O número de casos de Srag atual também é inferior ao mesmo período do ano passado. "Maio de 2020 foi mais agressivo do que o mês de maio de 21, especialmente porque a nossa rede de saúde não estava tão preparada em maio de 20 como está em maio de 21. Para se ter uma ideia, em maio de 20, o número de casos de Srag era 60 a 70% maior que os casos de agora", comentou.  

A preparação e atenção aos casos da Covid-19 no Estado passaram por uma drástica mudança no período de um ano. Lá em maio de 2020, o Estado contava com cerca de 600 leitos de terapia intensiva. Atualmente, o sistema de saúde pública de Pernambuco possui 1.733 leitos de UTI. 

Há algumas semanas, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) classificava a situação atual da pandemia como um estado de platô em nível elevado, mas agora vê a situação do Agreste, principalmente, como uma aceleração "de extrema gravidade". 

Apesar da queda no número de mortes, a semana passada foi a que teve mais registros de Srag desde a semana 24 de 2020 (entre os dias 7 e 13 de junho do ano passado). 

A ocupação de leitos de UTI da rede pública, do total de 1.733, está em 97%. De acordo com o secretário de Saúde, hospitais privados também estão com dificuldade no atendimento de todos os pacientes com Srag. A ocupação em leitos de UTI da rede privada de Pernambuco está em 92%. 

O aumento grave de casos de Srag e solicitações de leitos no Agreste põem o Estado em um momento de alarme. Dentre os dados analisados de comparação, Longo informou que apenas a região foge do comparativo, registrando uma situação pior que no mesmo período de 2020. 

"A única exceção que a gente vê quando compara 20 com 21 é o Agreste. O Agreste hoje vive uma situação mais delicada do que viveu em maio de 2020, até porque o pico de 2020 no Agreste foi posterior", ressaltou.