Economia

Veja o desempenho do PIB de vários países no 1º trimestre de 2021

Estados Unidos registraram avanço de 1,6% no período, mesma taxa de países como Canadá, Indonésia e Coreia do Sul

Dólar - Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O primeiro trimestre foi marcado pelo bom desempenho das duas maiores economias mundiais, o que ajudou a puxar o crescimento de vários países emergentes, como o Brasil, apesar das restrições causadas pela pandemia do coronavírus.
 
De acordo com dados coletados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Chile é a economia com maior crescimento no período (3,2%), seguido por Colômbia (2,9%) e Romênia (2,8%).
 
Os Estados Unidos registraram avanço de 1,6% no período, mesma taxa de países como Canadá, Indonésia e Coreia do Sul. O Brasil cresceu 1,2%, conforme divulgado nesta terça (1º) pelo IBGE. A China avançou 0,6%.
 
Entre as grandes economias europeias, destaca-se a França (+0,4%), com o único resultado positivo no grupo que reúne ainda Itália, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Portugal. Este último teve o pior desempenho na amostra (-3,3%) e foi também o país mais afetado pela nova onda do coronavírus na região.
 
A economia dos Estados Unidos acelerou neste início de ano, com uma alta no consumo puxada pelos auxílios pagos pelo governo americano e por um relaxamento das restrições à circulação em partes do país.
 
O governo Joe Biden lançou um plano de investimentos em infraestrutura de US$ 2 trilhões para os próximos oito anos. Também já aprovou no Congresso um pacote de combate aos efeitos econômicos da epidemia de US$ 1,9 trilhão em um ano. Vai propor ainda um orçamento de US$ 6 trilhões para o próximo ano fiscal, o mais elevado nível de gastos federais desde a Segunda Guerra Mundial.
 
A economia da zona do euro contraiu 0,6% no primeiro trimestre de 2021, em meio a medidas de lockdown adotadas para conter uma retomada do contágio pelo coronavírus. Foi o segundo trimestre seguido de queda do PIB da região.
 
O Brasil e várias economias emergentes foram beneficiados por um cenário externo que conta com juros baixos e injeção de recursos para estimular a atividade em vários países, o que resultou em valorização de moedas emergentes e alta no preço de commodities agrícolas e minerais.


O avanço dos programas de vacinação também tem possibilitado a retomada das atividades em diversos países.
 
Em seu relatório de abril, o FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou a projeção de crescimento da economia mundial em 2021 de 5,5% para 6% e afirmou que os países vão seguir caminhos divergentes de recuperação, que criarão lacunas significativamente maiores nos padrões de vida entre países em desenvolvimento e economias avançadas.
 
Essas divergências, segundo o Fundo, estão ligadas a diferenças marcantes no ritmo de vacinação, à capacidade de manter programas de auxílio e a fatores estruturais, como a dependência do turismo.
 
Nesta segunda, a OCDE afirmou que a perspectiva econômica global está melhorando conforme a distribuição de vacinas permite que as empresas retomem as operações e com os Estados Unidos injetando trilhões de dólares na sua economia. Para a entidade a economia global deve crescer 5,8% neste ano e 4,4% no próximo.