Nova reunião entre China e Estados Unidos sobre a economia
Anúncio acontece menos de uma semana depois do primeiro encontro formal desde que Joe Biden chegou à Casa Branca
Altos funcionários da área econômica dos governos da China e dos Estados Unidos se reuniram por videoconferência nesta quarta-feira (2), menos de uma semana depois do primeiro encontro formal desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, anunciou a imprensa estatal de Pequim.
As relações entre Pequim e Washington se deterioraram durante a presidência de Donald Trump (2016-2020), marcada por um conflito comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta.
O confronto provocou a aplicação de tarifas recíprocas adicionais sobre muitos produtos, o que teve efeitos sobre a economia global.
Mas Pequim e Washington assinaram uma trégua em janeiro de 2020, pouco antes da paralisação das atividades pela pandemia de covid-19.
Nesta quarta-feira, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, teve uma reunião por videoconferência com a secretária americana do Tesouro, Janet Yellen, informou a agência oficial China Xinhua.
"As duas partes consideram que as relações econômicas entre China e Estados Unidos são muito importantes e de sejam manter a comunicação", afirmou a Xinhua.
Washington confirmou a conversa em um comunicado do Departamento do Tesouro, ao destacar que a administração Biden quer "cooperar nos âmbitos que beneficiam os Estados Unidos, enquanto aborda de maneira franca os assuntos preocupantes".
Na quinta-feira da semana passada, representantes chineses e americanos do setor do comércio organizaram a primeira reunião desde que Joe Biden assumiu a presidência.
Liu He, o principal negociador de Pequim na guerra comercial, conversou com Katherine Tai, representante do Comércio dos Estados Unidos (USTR). A China considerou o encontro "construtivo".
Com base na trégua assinada em janeiro de 2020, Pequim e Washington devem se reunir a cada seis meses.
Com o acordo chamado de "Fase 1", a China concordou em importar bens americanos por 20 bilhões de dólares durante dois anos, que supostamente permitirão reduzir o déficit dos Estados Unidos na relação.
Em abril, o governo Biden anunciou que pretendia fazer um balanço das promessas feitas pela China.