Vacina

Ministro diz ter conseguido antecipar a entrega de três milhões de doses da vacina da Janssen

Segundo Queiroga, essa remessa deve chegar ainda neste mês

Vacina contra a Covid desenvolvida pela empresa Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson - Frederic J. Brown/AFP

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou, nesta sexta-feira (4), que o governo brasileiro conseguiu antecipar para este mês a entrega de três milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Janssen, braço da Johnson & Johnson. 

O País firmou um acordo com a empresa para a aquisição de 38 milhões de doses do imunizante, com lotes previstos para começarem a ser entregues nos próximos meses. 

Diferente dos imunizantes em uso no Brasil atualmente, a vacina da Janssen é feita em dose única, o que foi frisado pelo ministro, enfatizando que será possível imunizar três milhões de pessoas.

Segundo ele, está sendo arquitetado junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) o plano para distribuição das doses. 

Os dados dos testes clínicos mostraram que não houve hospitalizações ou mortes entre os voluntários cerca de quatro semanas após a aplicação do imunizante da Jansson. E que em duas semanas ela consegue proteger contra infecções moderadas a graves. 

A vacina usa a tecnologia de vetores virais. O adenovírus 26 - vírus comum de resfriado - foi modificado artificialmente para que possa infectar células, mas não se replicar. Assim, não se replicará e nem provocará resfriado, mas enviará instruções de defesa para as células. 

Assim como os demais imunizantes contra a Covid-19, ela também mira a neutralização da proteína spike do coronavírus Sars-CoV-2, que é responsável por se conectar com as células humanas e provocar a infecção. 

A tecnologia usada na vacina da Janssen permite que ela seja armazenada em freezers comuns, facilitando a aplicação no Brasil.