Jornalistas estrangeiros serão monitorados por GPS durante os Jogos Olímpicos
Devido à pandemia, devem fornecer uma lista detalhada dos locais onde vão trabalhar durante as duas primeiras semanas
Jornalistas estrangeiros que farão a cobertura das Olimpíadas de Tóquio serão localizados por GPS e correm o risco de perder seu credenciamento se não respeitarem as regras, disse a presidente do comitê organizador, Seiko Hashimoto, nesta terça-feira (8).
Devido à pandemia, os quase 6.000 representantes da mídia do exterior devem fornecer uma lista detalhada dos locais onde vão trabalhar durante as duas primeiras semanas em Tóquio, tanto as instalações olímpicas quanto os hotéis.
"Para garantir que as pessoas não irão para outros lugares além dos autorizados, usaremos o GPS para controlar estritamente seu comportamento", acrescentou Hashimoto antes de uma reunião do comitê executivo Tokyo-2020.
Jornalistas estrangeiros devem ficar em hotéis selecionados pela organização ao invés de optar por acomodação particular.
O número de hotéis será reduzido para cerca de 150, em vez dos 350 inicialmente planejados, para melhor facilitar o cumprimento das restrições, acrescentou Hashimoto.
Os atletas olímpicos também sofrerão muitas limitações e deverão passar por testes diários para verificar se não foram infectados com covid-19.
A organização dos Jogos já proibiu a entrada de torcedores estrangeiros no evento olímpico (23 de julho a 8 de agosto).
Nos próximos dias a organização deve decidir se aceita espectadores japoneses e em que proporção. Atualmente, metade do público japonês apoia a realização dos Jogos neste verão, segundo uma pesquisa divulgada na segunda-feira que aponta para um possível aumento no apoio ao evento.
A última pesquisa do jornal Yomiuri Shimbum mostrou que 50% dos consultados desejam que os Jogos sejam realizados neste verão e 48% desejam que sejam cancelados.
Em maio, uma consulta do mesmo jornal constatou que 59% eram contra os Jogos e apenas 39% apoiavam sua realização.