Vamos renovar o auxílio emergencial por dois ou três meses, diz Guedes
No formato elaborado pela pasta, os dois meses adicionais do auxílio devem ter custo total de R$ 18 bilhões
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou, nesta terça-feira (8), que o governo pretende renovar o auxílio emergencial por dois ou três meses. Segundo ele, a ampliação da cobertura acompanha o programa de vacinação contra a Covid-19 nos estados.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, o governo está desenhando uma nova prorrogação do auxílio. O plano atual é estender o benefício por mais dois meses, com previsão de encerramento em setembro deste ano.
"Possivelmente, nós vamos estender agora o auxílio mais dois ou três meses, porque a pandemia está aí. Os governadores estão dizendo que em dois ou três meses a população adulta vai estar toda vacinada, então nós vamos renovar por dois ou três meses o auxílio. E logo depois entra o Bolsa Família, já reforçado", afirmou.
O ministro participou de uma videoconferência com a Frente Parlamentar do Setor de Serviços na tarde desta terça.
No formato elaborado pela pasta, os dois meses adicionais do auxílio devem ter custo total de R$ 18 bilhões. Desse valor, R$ 11 bilhões seriam liberados por meio de créditos extraordinários, recursos destinados a situações imprevistas e urgentes. Essa verba não é contabilizada no teto de gastos, regra que limita as despesas do governo à variação da inflação.
Outros R$ 7 bilhões serão provenientes de sobras da atual rodada da assistência. O programa em vigor hoje tem quatro meses de duração, de abril a julho, e recebeu R$ 44 bilhões.
A ideia é manter o público beneficiado e os valores das parcelas. O valor padrão do pagamento é de R$ 250. Para mulheres chefes de família, o benefício é de R$ 375. Pessoas que vivem sozinhas recebem R$ 150
Na videoconferência, Guedes também afirmou que novo programa de emprego do governo pagará R$ 550 a jovens que entrarem em programa de qualificação nas empresas. Anteriormente, o ministro havia falado que esse repasse poderia ser de R$ 600.
O novo programa deve instituir o BIP (Bônus de Inclusão Produtiva), pago pelo governo, no valor de R$ 275 ao mês, e o BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação), pago pela empresa, também de R$ 275.
De acordo com o ministro, o programa será voltado a jovens de 18 a 28 anos que queriam fazer treinamento no trabalho.
Segundo ele, o participante poderá ficar no programa até um ano ou um ano e meio.
"Achamos que vai haver um aumento muito rápido do nível de emprego. Vamos pegar onde a incidência do desemprego é maior", disse.
O ministro afirmou que o governo já está sendo procurado por empresas de grande porte que estariam "encomendando" jovens.