Vacinas

EUA compram 500 milhões de vacinas contra Covid para doação, diz Washington Post

O plano faz parte dos esforços da gestão democrata para responder às cobranças por ajuda robusta ao programa de imunização de países sem acesso à quantidade necessária de doses

Vacinas contra a Covid-19 - Daniel Roland/AFP

Os Estados Unidos estão comprando 500 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus produzidas pela Pfizer para doar para outros países, segundo informação publicada, nesta quarta (9), pelo jornal The Washington Post.

O plano, que deve ser anunciado pelo presidente Joe Biden no encontro do G7 no Reino Unido nesta semana, faz parte dos esforços da gestão democrata para responder às cobranças por ajuda robusta ao programa de imunização de países sem acesso à quantidade necessária de doses para suas populações.

Quando embarcou no avião oficial com destino à Europa nesta quarta, Biden disse aos repórteres que faria nos próximos dias o anúncio de uma estratégia global de vacinação.

Segundo o jornal americano, a Casa Branca e a farmacêutica não comentaram a informação.

Os EUA já tinham prometido compartilhar mais de 20 milhões de doses de vacina até o fim de junho. O número se soma aos 60 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca que a Casa Branca já havia se comprometido a distribuir, totalizando 80 milhões de doses a serem enviadas pelos americanos ao exterior.

Na semana passada, a governo detalhou parte do plano e disse que vai enviar, inicialmente, 6 milhões de doses para o Brasil e para outros países da América Latina. O compartilhamento será feito via Covax, iniciativa vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS) para a distribuição de doses a nações em desenvolvimento, e ainda não há detalhes oficiais sobre o número de imunizantes que o Brasil vai receber.

Como as vacinas doadas exigem duas doses, o total que chegará neste primeiro momento à América Latina e Caribe será suficiente para imunizar 3 milhões de pessoas –a região tem mais de 438 milhões de habitantes.

Apesar da situação grave da pandemia no Brasil, o país não entrou na lista dos que vão receber imunizantes por distribuição direta bilateral, caso da Índia e do México.