Retomada da prova de vida do INSS faz idosos esperarem em longas filas nas agências bancárias do Rec
Com a obrigatoriedade suspensa desde março por conta da pandemia da Covid-19, a prova de vida para aposentados e pensionista do INSS foi retomada presencialmente neste mês. Nesta quinta-feira (10), as agências dos bancos no Recife registraram longas filas devido à prova de vida somada ao saque do auxílio emergencial.
A Caixa Econômica Federal localizada no bairro da Encruzilhada, Zona Norte da Cidade, estava com movimento bastante intenso. A fila estava dando volta no interior da unidade. Para piorar, clientes relataram que o sistema do auxílio emergencial ficou fora do ar até as 10h30.
De acordo com funcionários, a movimentação é comum para a agência. Além disso, eles acreditam que a maior parte das pessoas que estão no local são para resolver questões relacionadas ao auxílio emergencial.
A aposentada Maria Agripino Souza dos Santos, 68, foi à agência para fazer a prova de vida e resolver outros problemas relacionados ao banco. "A gente preferiu vir logo aqui porque tínhamos que resolver outros problemas dela. Teve a prova de vida e o cartão que bloqueou devido a isso, eu acho. O atendimento foi bem rápido, passamos cerca de 30 minutos porque entramos assim que a agência abriu", relatou o seu filho, João Batista.
Dona Abigail, de 82 anos e com dificuldade de locomoção, demorou cerca de uma hora para ser atendida na agência.
Na unidade do Banco do Brasil localizada no bairro de Casa Amarela, também na Zona Norte do Recife, aposentados e pensionistas aguardavam em pé na área dos caixas eletrônicos para entrarem na agência.
A pensionista Carmem Célia Félix, 63, era uma das pessoas esperando em pé para entrar na agência. Ela foi na unidade para fazer a prova de vida de sua mãe, Maria Rosanete, de 82 anos, que estava sentada em um local improvisado.
"Já tinha vindo aqui anteriormente e estava muito lotado, uma confusão medonha, até que o gerente veio e melhorou a situação. Por causa da pandemia eu acredito que deveria ter uma organização melhor, os idosos com uma imunidade mais comprometida deveriam ser atendidos separadamente. Aqui está todo mundo misturado, o que aumenta o risco de pegar o coronavirus", opinou Carmem, que após 40 minutos continuava sem entrar na agência.