Homem que atropelou família muçulmana no Canadá é acusado de terrorismo
Nathaniel Veltman, de 20 anos, foi acusado em uma primeira audiência na semana passada de quatro acusações de homicídio premeditado e tentativa de homicídio após o atropelamento deliberado
O suposto autor de um ataque que matou quatro membros de uma família muçulmana em 6 de junho no Canadá foi acusado de terrorismo, disseram os promotores durante uma breve audiência em um tribunal de London, Ontário, nesta segunda-feira (14).
O suspeito de 20 anos, Nathaniel Veltman, foi acusado em uma primeira audiência na semana passada de quatro acusações de homicídio premeditado e tentativa de homicídio após o atropelamento deliberado, que foi descrito como um ato "terrorista" pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
“Os procuradore federais e provinciais consentiram em iniciar um julgamento de terrorismo, dado que os assassinatos e as tentativas de homicídio também constituíram atividade terrorista”, disse a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP, polícia federal), em uma declaração após a audiência.
O jovem, que não tem ficha criminal nem afiliação conhecida a uma organização extremista, disse que não tem advogado no momento.
Quando foi preso, usava uma vestimenta semelhante a um colete à prova de balas.
De acordo com a polícia de London, Veltman atacou deliberadamente a família Afzaal com a seu carro como parte de um "ato premeditado e planejado, motivado pelo ódio".
Cinco membros da mesma família foram atropelados quando esperavam na calçada para atravessar uma rua da cidade, localizada 200 quilômetros a sudoeste de Toronto.
O casal, sua filha de 15 anos e sua avó morreram no impacto, enquanto seu filho de 9 anos, gravemente ferido, sobreviveu.
"Este massacre não foi um acidente. Foi um ataque terrorista, motivado pelo ódio, no coração de uma de nossas comunidades", disse Trudeau durante um discurso na Câmara dos Comuns.
O evento chocante é o ataque mais mortal contra muçulmanos no Canadá desde o tiroteio na mesquita de Quebec, no qual seis pessoas foram mortas em 2017.