Japão anuncia redução de estado de emergência e emissão de passaportes de vacina
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, anunciou nesta quinta-feira (17) a suspensão do estado de emergência em parte das províncias que estão sob restrições desde abril. Em nove regiões, incluindo Tóquio, a medida que dá poder aos governantes locais para determinar fechamentos, por exemplo, deve expirar a partir do próximo domingo (20).
Sete províncias, no entanto, segundo o premiê, devem permanecer em estado de "quase emergência" até 11 de julho, incluindo a da capital japonesa. Nesse nível de restrições, bares que agora estão proibidos de servirem bebidas alcoólicas poderão voltar a fazê-lo, mas só até as 19h, e restaurantes terão que fechar as portas às 20h.
Em meio a temores de que a Olimpíada, marcada para começar em 23 de julho, possa desencadear um aumento nos casos de coronavírus, Suga pediu que o público japonês assista aos Jogos de casa, pela televisão.
"O importante é continuar com nossas políticas com um senso de urgência para prevenir a propagação de infecções. Ao mesmo tempo, devemos manter nossos esforços de vacinação para prevenir o colapso do sistema médico", disse o premiê.
O estado de "quase emergência" em Tóquio deve continuar a limitar o número de espectadores em competições esportivas em até 5.000 pessoas ou 50% da lotação máxima. A regra pode influenciar os organizadores dos Jogos, que, na próxima semana, devem decidir sobre a permissão de torcedores locais durante as competições.
Também nesta quinta-feira, o governo japonês anunciou que a partir do próximo mês começará a emitir certificados de vacinação para os residentes que precisarem viajar ao exterior. Diferentemente dos passaportes de vacina anunciados pela União Europeia, pela China e pelos EUA, a versão japonesa será impressa, não digital, e emitida por autoridades locais.
Até esta quinta, o Japão registrou quase 800 mil casos e 14,2 mil mortes por coronavírus, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, o que coloca o país como uma das nações desenvolvidas menos afetadas pela pandemia, apesar dos picos registrados no último mês.