Cinema

Documentário brasileiro terá sessões ao ar livre no Festival de Berlim

“A última floresta”, do diretor brasileiro Luiz Bolognesi, já foi exibido na versão virtual o evento, em março

Documentário "A última floresta" - Pedro J Márquez/Divulgação

O documentário “A última floresta”, do diretor brasileiro Luiz Bolognesi, será exibido em sessões presenciais ao ar livre no 71º Festival de Berlim, na Alemanha. A produção integra a edição Summer Special, que ocorre de 9 a 20 de junho, em 16 espaços.

O filme brasileiro será apresentado nos dias 19 e 20 de junho, no Freiluftkino Hasenheide e Atelier Gardens Open Air Cinema, respectivamente. A estreia mundial do longa-metragem ocorreu na primeira fase do mesmo festival, realizado de forma virtual, em março.

Com roteiro assinado por Bolognesi e pelo líder político yanomami Davi Kopenawa, “A última floresta” denuncia violações aos direitos indígenas. O filme retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos.

Registrado pelas lentes do diretor, o xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade. Enquanto isso, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo sejam retirados do território legalmente demarcado. Mais de 10 mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid-19 e outras doenças.  

Produzido pela Gullane e Buriti Filmes, em associação com a Hutukara Associação Yanomami e o Instituto Socioambiental (ISA), o longa conquistou o prêmio de Melhor Filme no 18º Seoul Eco Film Festival, na Coreia do Sul. A estreia no Brasil está prevista para 2021.