Ministério da Saúde é criticado por demora na liberação das vacinas da Janssen
Lotes recebidos na semana passada ainda não foram liberados
O Ministério da Saúde ainda não distribuiu aos estados as três milhões de doses da vacina contra a Covid-19 da Janssen que foram doadas pelos Estados Unidos.
Essas doses chegaram ao Brasil divididas em duas remessas. A primeira foi entregue na última sexta-feira (25), com mais de dois milhões de doses, e a segunda chegou no sábado (26), com 947.650 doses. Ambas desembarcaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo.
Por questões de protocolo, o Ministério da Saúde tem de enviar uma documentação obrigatória da carga para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fazer a liberação.
No entanto, somente nesta quarta (30) é que a pasta enviou a documentação da carga menor, obtendo liberação da Anvisa. O primeiro - e maior - lote entregue ainda está com essa questão pendente.
A situação foi comentada, inclusive, pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa concedida nesta quarta. Ele criticou a demora na distribuição dos imunizantes.
"Temos pressa e pedimos ao governo federal a imediata liberação de 678 mil vacinas da Janssen para a população do estado de São Paulo que estão estocadas no galpão do ministério da Saúde desde o dia 25 de junho", afirmou ele.
O Brasil já vem aplicando as vacinas da Janssen, mas são doses que chegaram em lotes entregues nos dias 22 e 24 de junho. No País, quatro imunizantes têm autorização de uso pela Anvisa: CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan; AstraZeneca/Oxford, com produção nacional pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Pfizer/BioNTech e Janssen.
Dessas vacinas, apenas a desenvolvida pela Janssen, braço farmacêutico da norte-americana Johnson & Johnson, é utilizada em dose única, o que acelera o processo de imunização.