Mais de 100 profissionais da saúde perderam a vida para a Covid-19 em Pernambuco

Técnicos, auxiliares e enfermeiros são os que mais tiveram casos confirmados da doença

Desde março do ano passado, quando foram identificados os primeiros casos da Covid-19 em Pernambuco, 83.853 profissionais de saúde atuantes no Estado foram notificados como casos suspeitos após manifestarem sintomas gripais. 

Desse total, 30.317 (36,2%) receberam diagnóstico positivo para a doença provocada pelo coronavírus Sars-CoV-2, sendo 7.486 deles registrados entre os meses de dezembro de 2020 e junho de 2021. 

Nos últimos sete meses, foram contabilizadas mais 35 mortes nesse grupo, que agora soma 110 vítimas fatais. A taxa de mortalidade, então, subiu de 0,3% para 0,4%.

Outros 29.353 profissionais estão recuperados, enquanto 639 não comunicaram o desfecho dos seus quadros clínicos à Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), responsável por fazer o balanço. 

No momento, 215 profissionais estão afastados das suas atividades por causa da Covid-19. Desses, 205 fazem isolamento domiciliar, enquanto 10 estão hospitalizados - não foi especificado, porém, o tipo de leito em que se encontram, se enfermaria ou terapia intensiva (UTI). 

A categoria mais atingida segue sendo a dos profissionais da enfermagem. Técnicos, auxiliares e enfermeiros concentram mais de 40% das ocorrências de Covid-19 entre os trabalhadores da saúde. Em seguida aparecem os médicos. 

O boletim da SES-PE desta quarta-feira (30) revela ainda que a I Gerência Regional de Saúde (Geres), que tem o Recife como sede, mas abarca toda a Região Metropolitana (RMR) e algumas cidades das matas Norte e Sul, é a que tem mais registros de casos envolvendo trabalhadores da saúde. São 18.480. 

Em seguida aparece a IV Geres, que tem sede em Caruaru, mas reúne um total de 32 municípios. Nessa região, são 3.738 infecções diagnosticadas nesse grupo profissional.  

As mulheres são as mais atingidas, respondendo por 73,3% dos mais de 30 mil casos. Os homens, por sua vez, são 26,7%. Já a faixa etária com mais ocorrências é entre 30 e 39 anos. Veja a distribuição: 

20 a 29 anos - 18,8%
30 a 39 anos - 34,2%
40 a 49 anos - 27,3%
50 a 59 anos - 14,7% 
60 a 69 anos - 3,9% 
acima de 70 anos - 1%