Shopping diz não ter guardadas as imagens de dia do suposto pedido de propina de US$ 1 por dose
O Brasília Shopping informou à reportagem que armazena por apenas 30 dias as imagens do circuito interno de câmeras e, portanto, não têm o conteúdo captado em 25 de fevereiro, quando teria ocorrido uma reunião com pedido de propina por um funcionário do Ministério da Saúde relacionado à compra de vacinas.
em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, disse que se reuniu com Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, no restaurante Vasto, localizado no Brasília Shopping, em 25 de fevereiro.
Durante o encontro, Dias teria dito ao representante que negociava a venda de vacinas da AstraZeneca para o governo que o contrato só sairia se houvesse pagamento de propina de US$ 1 por dose.
"Aí ele me disse que não avançava dentro do ministério se a gente não compusesse com o grupo, que existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo", disse Pereira à Folha de S.Paulo.