Coronavírus

Capital de São Paulo identifica primeiro caso da variante Delta

Homem de 45 anos e três familiares estão sendo monitorados

Cidade de São Paulo - Rovena Rosa/Agência Brasil

Um homem de 45 anos é o primeiro caso confirmado de infecção pela variante Delta do coronavírus causador da Covid-19 na cidade de São Paulo. 

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ele está sendo monitorado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) da região em que mora. A mulher, o enteado e o filho, que tiveram contato direto com ele, também estão sendo acompanhados. 

No estado de São Paulo, já havia sido identificado um caso de infecção pela variante Delta, em maio, quando um passageiro de 32 anos desembarcou na capital.

O homem, no entanto, é natural de Campo dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e seguiu para a cidade natal logo após o desembarque. 

A variante Delta, identificada inicialmente na Índia, tem, aos poucos, se tornando dominante em vários países de diferentes continentes, de acordo com a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan.

Alemanha, Portugal, Austrália, África do Sul, por exemplo, retomaram medidas de contenção após ondas de contaminação pela variante. Mais transmissível do que a cepa original, a Delta é capaz de causar ondas de infecção em pouco espaço de tempo. 

Outro fator preocupante em relação a ela é o risco de escape da imunidade produzida pelas vacinas em uso. Israel, que tem grande parte da população vacinada com duas doses do imunizante produzido pela Pfizer/BioNTech, considerado um dos com maior eficácia, tem sentido um aumento significativo de novos casos da Covid-19 a partir da Delta. 

Estudos mais aprofundados ainda buscam mais detalhes sobre essa relação da variante com as vacinas, sobretudo na prevenção a casos graves.

Até o momento, as publicações científicas apontam que o esquema vacinal completo, com duas doses, apresenta algum grau de eficácia contra ela. 

A variante foi identificada no Brasil há cerca de um mês e já é responsável por duas mortes. Em São Paulo, tem sido feito um monitoramento desde abril, com o encaminhamento de amostras de exames do tipo PCR positivos para análise genômica, a fim de identificar as cepas em circulação. 

Esse trabalho é feito pelo Instituto Butantan, através de uma análise por amostragem. Por semana, cerca de 250 amostras são avaliadas. 

Em uma decisão conjunta das gestões estadual e municipal da capital de São Paulo, ainda em junho, o Hospital Geral de Guaianases, localizado na zona leste da cidade, foi destinado apenas ao atendimento de pacientes infectados com a variante Delta.