Após adiamentos, filme da Viúva Negra finalmente chega aos cinemas
Longa-metragem mostra o passado da espiã vivida por Scarlett Johansson há mais de dez anos
Os fãs da Marvel estão prestes a quebrar o jejum de estreias na tela grande. Em função da pandemia de Covid-19, novos filmes da franquia vêm sendo adiados desde “Homem-Aranha: Longe de Casa”, lançado ainda em julho de 2019. Mas o hiato de pouco mais de dois anos chega ao fim com “Viúva Negra”, que marca presença nas salas de cinema a partir de hoje.
A partir de amanhã, a aguardada aventura da espiã russa Natasha Romanoff também estará disponível no acesso premium do serviço de streaming Disney+. Originalmente, o longa-metragem estava previsto para maio de 2020, apenas nos cinemas, mas acabou passando por vários reagendamentos até chegar na data de estreia final.
Depois de estar presente em sete filmes do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) ao longo de uma década, Scarlett Johansson finalmente estrela seu filme solo. Essa é também a despedida da atriz no papel da heroína, levando em conta o desfecho de “Vingadores: Ultimato (2019)”. Na última reunião dos super-heróis nas telas, a personagem sacrificou a própria vida para ajudar a salvar a humanidade.
O novo longa-metragem, no entanto, volta no tempo para mostrar o que ocorreu com Natasha após os acontecimentos de “Capitão América: Guerra Civil (2016)”. Na trama, a espiã é confrontada com o seu passado tenebroso. Desde criança, foi treinada pelo serviço secreto russo para se tornar uma máquina de matar.
Ao ser perseguida, a vingadora vai precisar contar com a ajuda de pessoas que deixou para trás. Uma delas é Yelena Belova (Florence Pugh), que também passou pelo treinamento na Academia Sala Vermelha e possui questões não resolvidas com ela. A dupla deixa as desavenças de lado e se junta ao Guardião Vermelho (David Harbour) - um equivalente eslavo ao Capitão América - e à cientista e também ex-espiã Melina Vostokoff (Rachel Weisz). Quem interpreta O Treinador, inimigo em comum de todos, ainda é um mistério. Há especulações de que a atriz Olga Kurylenko seja o rosto por trás da máscara, mas nada foi confirmado pelo estúdio.
Cate Shortland, cineasta australiana, assina a direção. Essa foi uma exigência da própria Scarlett Johansson, que também trabalhou como produtora do longa. A escalação da diretora, acostumada a filmes independentes, mostra que o MCU tem se rendido a diretores mais autorais. É também o caso da chinesa Chloé Zhao, vencedora do Oscar 2021, que prepara ainda para este ano a estreia de “Eternos”.
“Viúva Negra” chega como uma homenagem merecida, porém tardia, a uma das criações mais populares da Marvel. Há tempos os fãs pedem por uma produção na qual a personagem possa brilhar sozinha e não como parceira de algum herói masculino. Em entrevistas recentes, Scarlett falou sobre como a abordagem de Natasha Romanoff nas telas foi mudando e ficando menos machista ao longo do tempo.
Para o site Collider, em junho deste ano, a atriz afirmou que a personagem foi hiperssexualizada em “Homem de Ferro 2” (2010), sua primeira aparição no universo. Em determinada cena, Tony Stark (Robert Downey Jr.) chega a chamá-la de “pedaço de carne”. Segundo a artista, muito da mudança veio do seu posicionamento. “Como mulher, estou em um lugar diferente na minha vida, sabe? E me senti mais indulgente comigo mesma”, comentou.