Varejo

Pernambuco tem alta de 0,4% nas vendas do varejo em maio, diz pesquisa

Comércio do Recife - Ed Machado/Folha de Pernambuco

As vendas do varejo de Pernambuco registraram uma leve alta, de 0,4% no mês de maio, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o segundo menor do País, ficando à frente apenas do estado de Goiás (-0,3%). No Brasil, o aumento do segmento foi de 1,4%. O desempenho no mês foi considerado uma estabilidade nas vendas, por conta de restrições em combate a pandemia da Covid-19.

O desempenho de maio freia uma alta que foi registrada no mês de abril, onde o estado havia alcançado um avanço de 8,8% nas vendas. Já na comparação entre maio de 2021 e o mesmo período de 2020, Pernambuco alcançou um aumento de 26,8% nas vendas do comércio varejista, deixando o estado na nona posição nacional.

Já no Brasil como um todo, esse aumento foi menos intenso, de 16%. Na variação acumulada do ano, o varejo pernambucano ficou em sétimo lugar, com alta de 13,2%, contra 6,8% da média brasileira. No acumulado dos últimos 12 meses, o Estado também teve desempenho acima do país, com 8,9% de aumento, contra 5,4% a nível nacional.

Segundo a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, a expectativa era de que no mês de maio o desempenho fosse melhor, já que no ano o Estado apresenta um acúmulo de 13,2% no aumento das vendas.

“Essa pesquisa é feita diretamente com os estabelecimentos comerciais, é uma tendência de como está essa atividade comercial. A gente vem de um mês de março com queda, e abril um crescimento significativo. Agora estávamos trabalhando com uma margem maior e não teve fôlego para aumentar tanto, esse momento é mais de estabilidade do setor”, disse.

Fernanda conta ainda que a partir de junho, onde as restrições tiveram flexibilizações, o varejo deve apresentar um desempenho melhor nas vendas. “O que a gente teve foi um maio de restrições, muito do comércio fechado, shoppings fechados aos finais de semana e ainda assim teve um leve crescimento. A partir de junho, com menos restrições, deve ter um aumento mais expressivo”, contou a gerente.

No caso do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, Pernambuco registrou aumento de 2,6% em maio. Um setor que teve um crescimento grande foi o de Livros, jornais, revistas e papelaria, com um aumento de 390% em maio deste ano, comparado com o mesmo mês do último ano. “Foi um setor que sofreu o ano passado inteiro, ficou com uma margem reprimida, e quando cresceu teve essa explosão de vendas com as flexibilizações”, declarou Estelita.