COPA AMÉRICA

Tite critica a Conmebol e diz que vice da Copa América não é terra arrasada

Tite, treinador da seleção brasileira - Lucas Figueiredo/CBF

Após o vice-campeonato da Copa América contra a Argentina, que não ganhava um título há 28 anos e se sagrou campeã neste sábado (10), no Maracanã, o técnico Tite voltou a criticar a organização da competição por parte da Conmebol.

Queixas sobre a qualidade dos gramados das sedes foram uma tônica do treinador ao longo do torneio. Na madrugada deste domingo (11), Tite levantou o tema mais uma vez, horas depois da derrota por 1 a 0 para os argentinos.

"A organização da competição, muito rápida, ficou devendo muito. Nós quase perdemos o Weverton em um treinamento, porque o gramado trancou e ele teve luxação de dedo, foi uma exposição dos atletas em cima de pouco tempo. Estou falando especificamente sobre o responsável, Alejandro [Domínguez], que é o presidente da Conmebol. Por ter organizado uma competição em tão curto espaço de tempo", disse o técnico.

Além dos gramados, o treinador também criticou o que chamou de "antijogo" por parte da equipe adversária neste sábado. Contudo, elogiou a postura defensiva do time de Lionel Scaloni, que conseguiu segurar o ímpeto dos donos da casa após ter aberto o placar, com Di María.

"Um jogo picotado, que a gente queria jogar, mas o que tinha era antijogo, cavando faltas o tempo todo, demora para bater, árbitro. Não deu ritmo, a gente queria jogar. Defensivamente [a Argentina] é uma equipe muito bem postada, com o goleiro vindo muito bem, com uma linha de quatro com qualidade, peças de reposição importante. Volto a dizer: tem mérito do outro lado", afirmou.

Esta foi apenas a quinta derrota de Tite no comando da seleção brasileira desde que assumiu o cargo, em 2016. A última que o Brasil havia perdido foi em novembro de 2019, para a própria Argentina (1 a 0), em amistoso.

Com 45 vitórias em 61 partidas no comando da equipe nacional, o técnico, campeão do torneio continental em 2019, diz que o vice-campeonato não pode apagar o trabalho que vem sendo realizado na seleção, líder das Eliminatórias.

"O sentimento é de tristeza, mas primeiro de reconhecimento do outro lado. Se não for assim, a gente faz do futebol como o que ganha é bom e o que perde é terra arrasada. Aqui tem um profissional que tem um pouco de lastro para saber reconhecer o outro lado", completou.