Praia de Piedade

Banhista estava no raso quando foi atacado por tubarão, diz Corpo de Bombeiros

Praia de Piedade após ataque de tubarão - Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

O auxiliar de serviços gerais Marcelo Costa Santos, 51, que sofreu um ataque de tubarão no último sábado (10), na praia de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, na altura da igrejinha, será sepultado nesta segunda-feira (12), por volta das 13h, no Cemitério da Várzea, no Recife. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a vítima estava no raso, com água na altura da cintura, retirando a areia do seu corpo, quando foi mordido na mão direita, no glúteo e parte posterior da perna direita.

Neste domingo (11) três guarda-vidas fizeram o trabalho preventivo e de orientação na praia de Piedade, que apresentou pouco movimento. Antes mesmo dos banhistas entrarem no mar, eles são abordados e orientados sobre o perigo da área.

Período propício para ataques

De acordo com o diretor integrado metropolitano do Corpo de Bombeiros e presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), coronel Bastos, julho é um dos meses mais perigosos para adentrar em mar aberto.

"Entre maio e agosto é um período do ano em que os ataques acontecem com maior frequência, porque aumentam as chuvas e o vento e, com eles, a probabilidade de incidentes como este. Pedimos aos banhistas que, principalmente nesta época, evitem o banho em mar aberto, sozinho, em horário vespertino e siga as orientações que constam das sinalizações distribuída  pelo o litoral", orienta coronel Bastos.

Este é o 66⁰ incidente do tipo, sendo o 26⁰ óbito, desde o início da contagem no Estado, em 1992, sendo que há mais de três anos nenhum caso era registrado. Desde o 30º incidente, em 1999, que vitimou o 23º surfista, o surf, o bodyboarding e atividades similares foram proibidas em trechos do litoral pernambucano, considerados áreas de maior risco. A proibição abrange o trecho que vai da Praia Del Chifre, em Olinda, até a Praia do Paiva, no município do Cabo de Santo Agostinho, incluindo toda a orla do Recife e de Jaboatão dos Guararapes.

Existem aproximadamente 110 placas destinadas à prevenção de incidentes com tubarão, que contêm informações sobre condutas a serem seguidas. Estão distribuídas ao longo de 33 km do litoral pernambucano, nas áreas consideradas de maior risco de incidente com tubarão. Assim, as atuais placas são mais informativas, com campos de avisos de perigo, recomendações de segurança e regulamentações.