Saiba como prevenir e tratar a gastrite, distúrbio que causa incômodos estomacais por inflamação
De acordo com o especialista, o distúrbio é causado pela bactéria H. pylori
Incômodos estomacais são comuns a boa parte das pessoas. Às vezes, o problema pode ser causado por alguma refeição que não caiu bem ou que a digestão não foi bem realizada. Mas quando o desconforto abdominal persiste, ele pode ser resultado de uma inflamação no estômago.
Esse processo inflamatório, que ocorre na parte de dentro do estômago, recebe o nome de gastrite. De acordo com o hepatologista Tibério Medeiros, do Hospital Jayme da Fonte, o distúrbio é causado pela bactéria Helicobacter pylori, popularmente conhecida como H. pylori.
Além da presença da bactéria, há outros fatores que agridem o estômago e podem piorar os sintomas — que incluem azia, queimação, saciedade precoce, enjoo e até vômitos.
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"Em alguns pacientes, a agressão é maior por conta de hábitos não saudáveis, como ingestão excessiva de álcool, consumo de comidas muito gordurosas e também pelo uso de anti-inflamatórios. Passar muito tempo sem comer também pode provocar o problema", explicou Tibério.
Nos casos mais agressivos, que são os erosivos, podem surgir feridas no estômago, que são chamadas de úlceras.
Segundo pesquisas na área da Saúde, cerca de 70% dos brasileiros sofrem ou já sofreram com a gastrite. A enfermeira Thays Melo, 27, faz parte da estatística, e conviveu com o problema durante sete anos.
Entre fases mais amenas e períodos de crise, ela conta que os sintomas pioravam com o estresse e com uma alimentação desregulada. "Tive gastrite dos 17 aos 24 anos e foi justamente no período de preparação para o vestibular que os sintomas começaram a incomodar. Já na faculdade, as crises se intensificavam nas vésperas de provas importantes para a faculdade", detalhou Thays. "A gastrite também atacava quando eu comia muita fritura ou pulava refeições", emendou.
Por se tratar de um caso leve, associado ao fator psicológico, o tratamento de Thays foi feito por meio de uso de omeprazol diariamente durante dois anos. "Como a minha gastrite estava relacionada ao estresse, a terapia também foi fundamental nesse processo de recuperação, que ajudou a diminuir o uso do remédio. Hoje, já não noto mais os sinais ruins da gastrite", revelou.
O hepatologista Tibério Medeiros lembra que o principal tratamento da gastrite é a adoção de hábitos mais saudáveis. "Para não sofrer com o problema ou minimizar os incômodos causados, é fundamental evitar o consumo exagerado de álcool; o tabagismo; o consumo de alimentos irritantes, picantes, muito condimentados e gorduroso; e evitar passar muito tempo sem comer", elenca Medeiros.
A prática de atividade física regular, aumentar a ingestão de água, ter o controle sobre o peso e ter uma rotina saudável de sono também são hábitos que dificultam o aparecimento da gastrite.
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