CPI da Covid

Amparada por habeas corpus, representante da Precisa opta por permanecer em silêncio na CPI

Medrades obteve no dia anterior um habeas corpus junto ao STF (Supremo Tribunal Federal)

Emanuela compareceu à CPI da Covid na companhia do advogado - Agência Senado

A diretora-técnica da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades invocou o direito a permanecer em silêncio durante seu depoimento na CPI da Covid nesta terça-feira (13).

Medrades obteve no dia anterior um habeas corpus junto ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo decisão do ministro Luiz Fux, presidente da corte, a depoente estava obrigada a comparecer ao Senado, mas tendo o direito a não criar provas contra si.

A diretora da empresa abriu inclusive mão do seu pronunciamento inicial, de 15 minutos. Afirmou apenas que foi a própria CPI que a tratou como investigada.

"Quem me tratou primeiro como investigada foi a CPI, que quebrou meus sigilos", afirmou, para em seguida dizer que seguiria orientações de seus advogados e permaneceria em silêncio.

 



Os senadores reagiram, afirmando que o habeas corpus garante o silêncio apenas nas questões que a envolvem. A depoente, portanto, deveria se manifestar sobre outros assuntos.

A Precisa entrou no radar da CPI, que investiga favorecimento do governo federal para a empresa, que é a intermediária no Brasil para a compra da vacina Covaxin -o contrato foi suspenso no fim de junho.

O jornal Folha de S.Paulo revelou que o chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, relatou ao MPF (Ministério Público Federal) ter sofrido pressão atípica para tentar garantir a importação da vacina indiana Covaxin. A informação foi confirmada por ele em depoimento na CPI da Covid.