Com diálogo, Daniel Alves reforça papel de líder na seleção olímpica
Lateral-direito já se desponta como mentor e principal liderança desse grupo formado majoritariamente por jogadores de até 24 anos
Bruno Guimarães mal tinha chegado à concentração da seleção olímpica, em Novi Sad, na Sérvia, quando se assentou à mesa com outros jogadores que já estavam integrados ao grupo desde o período de treinos em São Paulo. Ali, Gabriel Menino, Matheus Cunha, Claudinho, Antony, Diego Carlos e Paulinho observaram algumas das várias histórias acumuladas por Daniel Alves na carreira.
Embora os detalhes dos causos contatos pelo jogador do São Paulo já tenham perdido espaço na memória de Bruno Guimarães, a cena exemplifica o papel que Dani, de 38 anos, terá ao longo da campanha nos Jogos Olímpicos. Ele já se desponta como mentor e principal liderança desse grupo formado majoritariamente por jogadores de até 24 anos.
"O Dani é um ídolo para mim. Apesar de estar um dia com ele, já dá para ver que tem leadership (liderança) na veia. É um cara muito importante", relatou Bruno Guimarães.
Sobre o papo no primeiro dia de apresentação, o meia que foi capitão do time olímpico ao longo do ciclo explicou que "era uma resenha de jogo, de coisa que aconteceu na carreira" de Daniel.
"Ele é o mais experiente, um craque, espero que possa nos ajudar muito. Daniel tem todos os títulos possíveis e que ficou atraído por não ter essa medalha de ouro. Ele é fenomenal, já jogou em diversos tipos de circunstâncias. Experiência a gente não vai na farmácia e compra. Experiência se conquista", acrescentou o meio-campista.
O currículo de Daniel Alves permite que ele tenha liberdade para discutir estrutura da seleção dentro de campo e situações de jogo com o técnico André Jardine. O treinador é só três anos mais velho que o lateral-direito. A faceta "língua solta" de Daniel tem sido bem recebida entre os mais jovens.
"Um líder. A gente tem tentado aprender ao máximo. Ele é um cara muito aberto ao diálogo e que quer sempre estar ajudando", avaliou o zagueiro Nino.
Daniel foi parar na seleção olímpica após ser cortado das Eliminatórias e da Copa América por uma lesão. Recuperado, ele não encontrou obstáculo no São Paulo para buscar uma conquista inédita na carreira.
Ao longo dos últimos dias, outros jogadores encheram Dani de elogios. Antony, por exemplo, lembrou o tempo em que atuou com o lateral no tricolor paulista.
"É um cara muito exemplar dentro e fora de campo, tem muita liderança. O que mais me marca é o espirito que ele tem de vencedor, vai contagiar todos nós. Joguei com ele, sei da vontade que ele tem de ganhar. É um craque, uma coisa que tem que me marca é o espírito vencedor", afirmou o meia-atacante.
Nesta quinta-feira (15), às 16h (de Brasília), a seleção olímpica entrará em campo pela primeira vez com Daniel Alves. O amistoso contra os Emirados Árabes, em Novi Sad, será o último compromisso antes da estreia, dia 22, contra a Alemanha, em Yokohama.