Música

Tagore conclui a apresentação de seu próximo disco jogando para os astros

"Capricorniana", produzida por Pupillo, embarca na astrologia e na psicodelia nordestina no último single antes do lançamento de "Maya"

Cantor e Compositor Tagore - Bruna Valença

Retomando um assunto do qual já havia flertado no início de sua carreira, há dez anos, o cantor e compositor pernambucano Tagore Suassuna, ao lado do parceiro e produtor João Cavalcanti, aprofunda ainda mais sua relação com a astrologia em “Capricorniana”, último single de seu próximo disco, é uma jornada ainda mais profunda.

“Essa bolha astrológica precisava ser revisitada”, explica Tagore, dizendo que é uma das poucas músicas do próximo disco que fazem referência à sonoridade mais nordestina, de artistas como Ave Sangria, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Um baião elétrico, “Capricorniana” descreve diferentes mulheres de cada signo do zodíaco (“Se chora por nada é canceriana, se mora no espelho, ela é leonina”), ao mesmo tempo em que concentra-se na personagem-título, que não diz quando ama.

Capa do single

A faixa, que acaba de chegar às plataformas de música através do selo Estelita, conta com um clipe promocional. Com direção e roteiro de Fabrício Koltermann, o vídeo satiriza aqueles populares programas de auditório, nos quais o artista, para apresentar sua 'música de trabalho' ao grande público, acaba se submetendo a situações esdrúxulas ao participar de quadros e brincadeiras de gosto duvidoso.

Composto entre 2017 e 2019, "Maya" chegará aos ouvidos do público em 2021, depois que Tagore lançou quatro singles - “Drama”, ao lado do guitarrista dos Boogarins, Dinho Almeida, “Tatu”, “Olho Dela” e "Capricorniana". Produzido pelo ex-baterista da Nação Zumbi, Pupillo Oliveira, o disco fala sobre a saudade e mostra um Tagore menos etéreo e mais pop, como dá para perceber pelas faixas já lançadas.