Chance de cirurgia está bastante afastada, diz Bolsonaro, do hospital
Presidente participou do programa do apresentador bolsonarista Sikêra Júnior, em entrevista ao vivo
Deitado em uma cama de hospital, ao lado do cirurgião Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (15) que não deverá ser submetido agora a uma cirurgia e que já deve ter alta nesta sexta-feira (16).
"Dada a facada que eu recebi e quatro cirurgias, essa obstrução [intestinal] é sempre um risco muito alto. Mas, graças a Deus, de ontem para hoje, evoluiu bastante esse quadro. Então, a chance de cirurgia está bastante afastada", disse o presidente ao programa do apresentador bolsonarista Sikêra Júnior, em entrevista ao vivo. A informação foi confirmada pelo médico, que estava em pé ao lado do paciente.
"A cirurgia, a princípio, está afastada, uma vez que o intestino começou a funcionar e o abdome está mais flácido e mais funcionante", disse Macedo. O médico afirmou ainda que a sonda gástrica que Bolsonaro está usando deve ser retirada, mas que o mandatário terá que seguir uma dieta líquida.
"O presidente hoje melhorou. Ele ainda está de sonda gástrica, nós estamos estudando a retirada da sonda porque os barulhos do abdome são bons, os ruídos são bons", afirmou.
"E aquela área obstruída do lado esquerdo [do abdome], fruto de aderências decorrentes de toda essa complicação que ele teve, já esta mais palpável, pode permitir a retirada da sonda gástrica, ainda garantindo dieta líquida".
Bolsonaro apresenta uma obstrução no intestino, o que gerou acúmulo de líquido no estômago e dores abdominais. A complicação se soma a outros momentos de internação do presidente após a facada sofrida em 2018.
Às 13h29, a conta do presidente no Twitter publicou um sinal de positivo e uma bandeira do Brasil. Mais tarde, Bolsonaro voltou a publicar na rede social, informando que, devido à internação, não fará sua tradicional live das quintas-feiras e nem poderá comparecer a motociata marcada para sexta-feira (16), em Manaus.
A conta de Bolsonaro também publicou sobre o depoimento do empresário Cristiano Carvalho, que relatou à CPI da Covid nesta quinta como foi a negociação por 400 milhões de doses da AstraZeneca, sem aval da fabricante, com a cúpula do Ministério da Saúde e a intermediação de militares e uma ONG evangélica.
Ele mencionou trechos da fala do empresário e atacou o G7, grupo de senadores independentes ou de oposição, especificamente a cúpula da CPI, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL).
"O que frustra o G-7 é não encontrar um só indício de corrupção em meu governo. No caso atual querem nos acusar de corrupção onde nada foi comprado, ou um só real foi pago", publicou a conta do presidente. "No circo da CPI Renan, Omar e Saltitante estão mais para três otários que três patetas", concluiu a publicação.