Escoliose: entenda as características e saiba como tratar
Diagnóstico deve ser obtido antes do estirão, que ocorre dos 11 aos 12 anos nas meninas e dos 13 aos 14 nos meninos
Manter a postura ereta, com ombros e quadris alinhados, pode parecer uma coisa simples, mas é impossível para alguns. Aqueles que têm um desvio anormal na coluna, conhecida como escoliose, além de sentirem essa dificuldade, muitas vezes sofrem com dores ou alterações que refletem no corpo todo.
Mais de 6 milhões de brasileiros possuem a patologia, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e de acordo com o ortopedista Zaronir Ramalho, do Hospital Jayme da Fonte, a prevalência dos casos costuma ter uma proporção de 1,5 em meninas para 1 em meninos.
Ainda segundo o profissional, o diagnóstico leva em consideração uma série de fatores e características do paciente. "Analisamos a história clínica do paciente; sua assimetria, com observação da altura do ombro, dos mamilos; e o exame físico", elenca Zaronir.
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O grau dessas alterações é verificado através do teste de Adams, que é uma técnica de flexão da coluna do paciente para verificação de sinais que indiquem a escoliose. Além disso, também é utilizado o exame radiológico.
A designer e geógrafa Manuella Ferreira, 33, descobriu que tinha escoliose aos 14 anos de idade. "Sempre tive problemas com a postura e sofro com dores nas costas desde muito nova", desabafa Manuella. Ela já chegou a usar o colete corretor de postura, mas não viu notou muita diferença, e também tentou a prática de pilates para amenizar os incômodos.
"Da última vez que eu fui ao médico, o grau de desvio já estava bem acentuado, marcando 47", complementou a designer. Com ombros nitidamente assimétricos, Manuella conta que toda a sua ergonomia é prejudicada, tanto em casa quanto no trabalho, por conta da escoliose.
Há três níveis de escoliose, que são classificadas entre leve, moderada ou grave. O tratamento é indicado de acordo com o grau de curvatura identificado durante o diagnóstico, conforme a fisioterapeuta e especialista traumato ortopedia, Carla Daher. "Pode ser indicado um tratamento conservador, que faça o uso de um corretor de postura, para os casos leves, e intervenção cirúrgica, para os casos mais graves", comenta.
Apesar de não existir prevenção para o problema, um diagnóstico precoce é de extrema importância, já que o tratamento ajuda a evitar a progressão dos casos. "A fisioterapia possui inúmeras estratégias para o tratamento de pacientes com escoliose, que vão desde analgesia a exercícios mais locais, com contato manual para correção das curvas em três planos, controle motor, etc”, concluiu Carla.
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