Covid-19: Rio suspende primeira dose de vacina
Razão alegada é a falta de estoques para a primeira imunização
A aplicação da primeira dose de vacina contra a Covid-19 foi suspensa, nesta sexta-feira (23), na cidade do Rio de Janeiro. O motivo alegado pela prefeitura foi a falta de estoques para a primeira imunização, a fim de garantir a aplicação da segunda dose.
“Por já ter aplicado todas as vacinas destinadas à primeira dose (D1) contra a covid-19 e para garantir estoque para as segundas doses (D2) programadas, o Rio de Janeiro suspenderá momentaneamente seu calendário de vacinação de D1 a partir de hoje. A vacinação será retomada assim que o Ministério da Saúde enviar nova remessa de vacinas”, informou a prefeitura, em nota.
Segundo as informações divulgadas, os postos de vacinação do Rio continuarão atendendo pessoas agendadas para tomar a segunda dose nos próximos dias.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, comentou em suas redes sociais a falta de vacinas na cidade, admitindo que poderá haver atraso na imunização.
“Essa semana o @minsaude recebeu cerca de 7.5mi de doses de vacina e até o presente momento não temos notícia de quando receberemos. Divulgamos nosso calendário de acordo com as chegadas informadas pelo ministério. Se não cumprirem corremos o risco de atrasar. Não é possível que isso fique parado um minuto que seja. O motivo é simples: quanto mais tempo demora, maior o risco de óbito. Não há nada mais importante a fazer nesse momento!”, disse Paes.
Doses distribuídas passam de 164 milhões
Até o momento, o Ministério da Saúde já distribuiu 164.478.404 doses de vacinas para todas as unidades da federação. O estado do Rio já aplicou 10.313.256 doses, incluindo todas as vacinas. A cidade do Rio já recebeu 5.807.949 doses e aplicou 5.150.710, sendo 3.623.339 primeiras doses, 1.397.776 segundas doses e 129.595 doses únicas.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que, neste sábado (24), estará distribuindo 197 mil doses da vacina AstraZeneca para todo o estado, mas não especificou quantas dessas serão para a capital. A Agência Brasil procurou o Ministério da Saúde (MS) para comentar o assunto e aguarda resposta.