Mostra internacional exibe filmes da Cinemateca Pernambucana
Portal da Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco vai exibir mostra "A História de uma Alma: Uma Coleção de Filmes de Pernambuco"
A partir da próxima sexta-feira (1) e durante todo o mês de agosto, o portal da Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco (cinematecapernambucana.com.br) passa a exibir a mostra “A História de uma Alma: Uma Coleção de Filmes de Pernambuco”. Com curadoria da Cinelimite & Cinemateca Pernambucana a mostra, online, vai focar na riqueza do cinema produzido Estado.
Com todos os filmes com legendas em inglês, a mostra é composta de 11 filmes do acervo da Cinemateca que vão desde a fase silenciosa até a década de 1990. A coleção abrange dois importantes movimentos cinematográficos pernambucano, o Ciclo do Recife e o Movimento Super-8 dos anos 1970.
Filmes da Mostra
- Veneza Americana (1925), de Hugo Falangola e J. Cambiere: ddocumentário mudo sobre o progresso de Pernambuco, com destaque na construção do novo cais de Recife.
- Aitaré da Praia (1925), Gentil Roiz: Aitaré namora Cora, uma moça da aldeia. Numa viagem de jangada em dia tempestuoso, ele salva o roco Coronel Felipe Rosa e sua filha, que ficam retidos nessa pequena aldeia de pescadores até a chegada de um barco, que os leva de volta à cidade de Recife. Por causa das intrigas, Cora e Aitaré se desentendem. Somente cinco anos mais tarde, tudo será esclarecido e eles se reconciliarão.
- O Canto do Mar (1953), Alberto Cavalcanti: no litoral nordestino, que acolhe imigrantes do sertão à espera de viagem para o Sul, é onde se passa o drama de uma família que enfrenta a miséria, devido a problemas financeiros e psicológicos.
- Aruanda (1960), de Linduarte Noronha: filme conta a história dos remanescentes de um quilombo em Serra do Talhado, mostrando o cotidiano dos moradores, jornadas de plantio e feitos de cerâmica “primitiva”.
- O Cajueiro Nordestino (1962), de Linduarte Noronha: ao som de músicas regionais, o domuntário mostra a importância do cajueiro para a paisagem local e sobrevencia do povo nordestinio.
- A Cabra na Região Semi-Árida (1966), de Rucker Vieira: no chão seco da caatinga e nas vertentes pedregosas do sertão, o bode e a cabra sobrevivem. Peças orgânicas da paisagem sertaneja, vinculados à economia de determinadas regiões, fornecem leite, carne e pele para exportação.
- Isso é que é (1974) – Geneton Moraes Neto: numa época em que a tesoura da censura avançava, até, sobre filmes amadores em Super-8, o curta “Isso é Que é” pode ser visto como uma tentativa de falar através de metáforas e sugestões.
- Fabulário Tropical (1979), de Geneton Moraes Neto: imagens de locais históricos de Recife e Olinda com vozes de duas “guias” que ironizam o pretenso caráter generoso dos brasileiros.
- O Coração do Cinema (1983), de Geneton Moraes Neto: adaptação livre do roteiro de Vladimir Maiakovski. Jomard Muniz de Brito e o cinema pernambucano.
- Sulanca (1986), de Kátia Meses: documentário sobre a revolução econômica das Mulheres de Santa Cruz do Capibaribe, que através da costura, colaboração e força de vontade, conseguiram mudar o panorama socioeconômico de toda uma região, que vivia na penúria e falta de opções.
- Recife de Dentro Pra Fora (1997), de Kátia Meses: filme inspirado em poema de João Cabral de Melo Neto e sua vida no Capibaribe.